Desde que este humilde blogueiro que vos escreve ganhou seu Game Boy Advance, passou a ser mais um apaixonado pelos universos ricos e personagens carismáticos criados por uma simpática empresa de Kyoto. Claro que é difícil encontrar quem não goste de séries com jogos magistrais como Zelda, Mario, Metroid, Pokémon, Smash Bros, entre tantos outros, mas também é difícil manter um console por 7 ou 8 anos somente com jogos de uma única produtora.
Há alguns dias,
o Rodrigo e
este que vos digita fizemos dois posts falando sobre jogos incríveis do Wii que não são da Nintendo, e poucas pessoas se lembram. É claro que um console não vende 100 milhões de unidades com meia dúzia de jogos first party e Wii Sports. O falecido Wii tinha muitos jogos de alto nível vindo de outras desenvolvedoras, como o Boteco Gamer já mostrou. Porém foi notável o descaso com o console por parte da maioria das empresas, e a Nintendo acabou tendo que carregar o fardo de produzir uma parcela muito grande dos jogos AAA da biblioteca do Wii.
Já pensou se a Sony precisasse manter o PS3 dependendo de Uncharted e God of War como uma grande parte da biblioteca do console? Pois agora a Nintendo está tentando se precaver para que isso não aconteça de novo, e desde bem antes do lançamento do Wii U já tinha firmado parcerias com empresas como Ubisoft, o que garantiu jogos como Zombi U e Assassin's Creed III para seu aparelho, e promete vários outros jogos da produtora futuramente.
Mas a própria Nintendo, conhecida por sempre inovar, acabou parando no tempo com suas franquias. Recentemente, a empresa falou sobre vários lançamentos first party que devem aparecer no Wii U. Qualquer um que tenha o mínimo de conhecimento pode presumir que cedo ou tarde o console terá um Zelda para tentar superar Ocarina of Time, uns dois ou três Marios (um já foi lançado), uma nova versão de Mario Kart e de Smash Bros, algum Metroid, Kirby...
Claro que esses jogos devem ser lançados. Eles são absolutamente fantásticos. Mas a empresa acabou entrando num lugar-comum em relação a suas séries, e agora não nos surpreende mais - há bastante tempo na verdade. Vamos ficar felizes se um novo Zelda for anunciado numa E3, mas não exatamente surpresos. Poucos anúncios da empresa realmente saem da zona de conforto e surpreendem - um desses raros exemplos é o crossover de Fire Emblem e Shin Megami Tensei que promete pirar os fãs de RPG.
O Wii U promete ter mais apoio das produtoras e uma biblioteca de jogos mais variada, mas acabou entrando num ciclo que todos os consoles da Nintendo vêm tendo. Mas não sei se dessa vez a Big N vai convencer o público de que o Aonuma vai conseguir superar Ocarina of Time, ou Miyamoto vai criar algo mais inovador que Mario Galaxy. A Nintendo precisa inovar de verdade, não só com um controle novo com funções legais, mas sim com jogos realmente novos, que tragam novas experiências e não só nostalgia.
A Nintendo precisa sair de sua zona de conforto e se desprender de sua história para desbravar o futuro. Será que o Wii U está no caminho certo? Só o tempo dirá...
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