Quem já acompanha o blog há tempos, sabe que a sessão Perfil foi feita pra falarmos sobre grandes criadores de games. Se você reconheceu o nome no título do post, deve ter achado estranho. Mas sim, vamos falar de um dos maiores desenhistas de mangá do mundo - que também desenhou para vários games!
Nascido em 5 de abril de 1955, em Nagoya, Akira Toriyama pode até não ser o criador do estilo mangá, mas com certeza foi responsável por grande parte da sua popularização, principalmente nas décadas de 80 e 90, com seu principal trabalho, Dragon Ball. Seu traço ficou mundialmente conhecido, e influenciou dezenas de outros artistas, tanto nos games quanto nos mangás. Nem preciso falar sobre o sucesso da série Dragon Ball...
Mas tudo começou em 1979, com Wonder Island, um mangá que ele desenhava para a revista Weekly Shonen Jump, uma das mais populares do Japão. Ele já demonstrava talento, mas só começou a ter sucesso alguns anos mais tarde com Dr Slump, sua primeira obra famosa. Em 1984, ele começou a fazer Dragon Ball, que foi um sucesso imenso e instantâneo, quebrando vários recordes de vendas de mangás na época, e tendo 11 anos de publicação no Japão, com mais de 500 capítulos em 42 volumes.
Seu estilo inconfundível de desenho foi então usado nos games, e ele já começou em alto nível. Seu primeiro trabalho foi em Dragon Quest, um dos RPGs mais populares da época, principalmente no Japão. Se hoje, a maior parte dos RPGs tem personagens com cabelo estranho e traço de mangá, a culpa é de Akira Toriyama.
Em 1994, ele foi chamado para fazer parte de um dream team do desenvolvimento de games, e trabalhou como designer ao lado de Tetsuya Nomura, outra lenda dos desenhos. O jogo foi nada menos que Chrono Trigger, um dos melhores e mais aclamados RPGs de todos os tempos. Toriyama continuou com seus trabalhos em outros games do gênero, e em 2007 também emprestou seu traço à Blue Dragon, em parceria com a Microsoft.
Akira Toriyama representa o encontro - muito bem sucedido - entre games e mangás, e mostrou que esses dois mundos não são tão distantes. Mesmo quem não é fã de seu traço simples e cheio de linhas retas tem de admitir: o cara é fera.