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terça-feira, 25 de junho de 2013

Deja Vú #59 - Final Fantasy

Quem está lendo esse post com sono deve estar se perguntando: "Tá bom Rodrigo, outro Deja Vú. Mas agora você tá enlouquecendo com o vestibular. (Verdade.) De qual FF você está falando?" Já quem está mais ligado, percebeu logo de cara que falarei do primeiro deles. Alias, pra começar o post, vou contar duas histórias, uma que todo mundo conhece e a outra que descobri a poucos dias. Sabem porque ele tem o nome que numa tradução literal significa "Fantasia Final"? Começando pela mais conhecida, existe a teoria de que a Square Enix, que naquela época chamava-se apenas Square, estava indo a falência. Para salvar a empresa, lançaram mão de uma cartada final, de uma ultima fantasia, a fantasia final. Depois de um pouco de pesquisa, porem, parece que infelizmente essa é a versão romantizada da história. Naquela época (NES/Nintendinho/Famicom), onde os videogames eram uma terra de ninguém com quase nenhuma competitividade e alem disso, eram uma novidade inimaginável, sabia-se que fazer qualquer coisa que fosse um pouco inovadora era como construir uma maquina de imprimir dinheiro. Nesse aspecto, FF tem vantagem pois ele trouxe um gênero totalmente novo ao mercado, inovando muito e estabelecendo o que no futuro se tornaria um dos principais categorias de jogo.



Deixe me contar a outra história antes que vocês se roam de curiosidade. A versão mais sóbria diz que Hironobu Sakaguchi, o criador da série, iria sair do ramo de produção de jogos e voltar para a faculdade. Desse modo ele fez o jogo que seria seu ultimo devaneio antes de sair do que ele realmente gostava de fazer. Preferia a outra versão. Mas vamos ao que interessa! FF foi lançado dia 17 de dezembro de 1987 no Japão para o Famicom e em 12 de julho de 1990 na América do Norte para o NES/Nintendinho inaugurando meu gênero favorito nos videogames, o RPG. Final Fantasy foi desenvolvido e publicado pela Square. Vamos ao jogo.



Jogar a versão original do NES... incomoda. Os RPGs foram provavelmente o estilo de jogo que mais evoluiu desde os seus primórdios. Varias implementações foram feitas com o passar do tempo que não deixaram o jogo nem mais fácil nem mais difícil de jogar. Apenas melhores. Para dar um exemplo bem básico disso, imagine-se indo comprar armas para seus personagens. Tarefa costumeira. Hoje em dia, temos telas comparando a arma com a qual você está equipada com a que está a disposição para venda. Não estou reclamando da falta disso, afinal, um mecanismo que compara o que você tem com o item da loja é complexo o suficiente para que não houvesse espaço num cartucho de 8-bit que já ficava empanturrado com os gráficos, elementos de gameplay e textos. O grande problema é que você NÃO tem como ver os status dos itens antes de compra-los.Basicamente, o Sakaguchi falou: "Dá seus pulo aí pra descobrir os parametros de cada arma, nerdão." Aí entra outra adversidade. A dificuldade do jogo. Não existe nenhum problema em ele ser díficil. Na verdade, eu aprovo isso. O grande problema é que o dinheiro do jogo é muito escasso. Muito mesmo. É muito ruim compra um item para um personagem e descobrir que ele não serve. Como acontece em todo jogo, você revende um item por um preço muito mais barato que o do dono da loja. E lá se vai todo seu dinheiro que você passou um tempão grindando.




Dito isso, é possível sim, se divertir com o primeiro FF. Com as versões remasterizadas. Estas, que saíram pra PS1, GBA e PSP, resolvem os problemas de base daquele tempo mantendo o jogo praticamente intacto, a não ser pela dificuldade. Vamos ao gameplay. Existem 3 ambientes principais. O macro, o médio e o micro. O primeiro é o overworld como na imagem acima. Nele se entra em cidades, dungeons (como aquela que está a seu lado) e batalhas. Passando para média, temos as cidades onde você passará boa parte de jogo comprando itens, trocando equipamentos e magias, ressuscitando seus personagens e dormindo na estalagem (Inn.) No micro, temos as batalhas. Nelas temos 5 opções que nos dias de hoje foram diminuídas pra 4 juntando-se o Drink e o Item que, nesse caso, serviriam respectivamente para beber poções e usar itens de ataque. Isso nos deixa com as opções Attack, Magic e Flee (fugir), todas auto explicativos. Aqui, porem, cabe uma ressalva em relação a magia que funciona num sistema totalmente diferente ao qual estamos acostumados. Nela, conforme seu personagem evolui, vão se abrindo níveis que vão até o 7. Isso é bem interessante pois permite que se consiga controlar melhor quem aprende o que. O Warrior quando chega a um nível alto aprende magias brancas de baixo nível. Isso abre muitas possibilidades de estrategia. Já que citei o Warrior, vou fazer um ultimo paragrafo (ultimo mesmo, prometo) contando uma peculiaridade sobre a historia e consequentemente sobre os personagens.


Os personagens não tem história definida, já que a profecia que rege o jogo fala apenas de quatro guerreiros da luz (warriors of light.) Desse modo, você escolhe quem vai ser sua party do inicio ao fim do jogo podendo pegar quem você quiser e até repetindo personagens. De cima pra baixo, da esquerda pra direita, temos como o mais forte do jogo, o Warrior. Depois, o Red Mage, que mistura o Warrior, o White Mage e o Black Mage, sem aprofundar nenhum estilo. Depois dele, o próprio White Mage, que é o curador do grupo. Depois, o Monk, o cara que luta com as mãos. Logo após, Vivi (entendendedores entenderão) a Black Mage, responsável pela magias ofensivas. Por último, o pior personagem do jogo e ainda assim meu preferido, o Thief. O legal de a história não ser definida, é que você pode nomear os personagens com os nomes que você quiser, o que, num tempo onde a imersão era mínima, ajuda muito. Para encerrar, o jogo foi revolucionário para a época mas é triste de jogar hoje em dia. Se você quiser saber onde essa grande franquia começou, meu conselho é escolher sua versão nessa ordem: PSP > GBA > PS1 > NES. Se você quiser ter a experiencia que o pessoal teve nos anos 80~90, (sofredor você, hein?) pegue a versão do Nintendinho mesmo. Mas depois não diga que eu não avisei. Se você gosta de FF e está no ócio, pega uma delas pra jogar porque vale a pena.

Fui!