O Boteco Gamer já abordou algumas vezes o tema de games serem ou não uma forma de arte. Caso você não tenha lido, clique aqui e aqui também. O texto de hoje tem a ver com esse assunto também, mas não vou me limitar a defender a tese de que jogos são arte. Indo um pouco além disso, queria relacionar o momento pelo qual os videogames estão passando com a história da arte. Antes disso, uma breve introdução sobre o assunto...
Até o século XIX, a pintura e as artes plásticas se limitavam a tentar retratar a natureza como ela era, com o máximo de realidade possível. Isso pode ser evidenciado principalmente em obras de autores renascentistas como Leonardo Da Vinci, que apresentava um nível de realismo e detalhamento absurdos. Porém, com a invenção da fotografia, a pintura se tornou um meio obsoleto de retratar pessoas ou paisagens. Daí surgiu a necessidade de se distanciar da realidade com movimentos artísticos de vanguarda, que começaram a arte moderna. É por isso que muitas obras parecem sem sentido — algumas são mesmo.
Encerrada a aula de história da arte, façamos um paralelo com o tema principal desse blog. Antigamente os games eram 2D, em 8-bit, com gráficos porcos e os personagens não passavam de borrões de pixels na tela. Com o passar do tempo, a tecnologia evoluiu e os jogos se tornaram cada vez mais realistas, até que chegamos a um ponto em que a maioria dos games que fazem sucesso não fazem nada além de retratar a realidade. Os desenvolvedores estão cada vez menos criativos e mais acomodados com sua posição confortável, afinal.não é preciso muita criatividade para fazer um Gran Turismo, Battlefield ou qualquer outro game que precise apenas imitar a realidade.
E esses jogos são sempre bem sucedidos comercialmente, fazendo com que as empresas não saiam de suas zonas de conforto para tentar inovações, afinal fazendo o básico é possível lucrar bastante. Será que não precisamos de jogos mais bizarros e menos realistas para romper com os padrões dessa geração, assim como os vanguardistas fizeram na arte tradicional? Não que eu não goste de games realistas, muito pelo.contrário. Eu amo passar tardes jogando Forza Motorsport, por exemplo. Mas também gosto de coisas mais inovadoras, que se preocupem com a diversão em primeiro lugar, sem compromisso com simular a vida real.
Essa é uma tecla na qual eu venho batendo desde sempre: games foram feitos para divertir. E têm um potencial incrível de ir contra a realidade, como em Mario Galaxy, que olha para as leis da física e dá risada. Precisamos de uma vanguarda nos games.
Até o século XIX, a pintura e as artes plásticas se limitavam a tentar retratar a natureza como ela era, com o máximo de realidade possível. Isso pode ser evidenciado principalmente em obras de autores renascentistas como Leonardo Da Vinci, que apresentava um nível de realismo e detalhamento absurdos. Porém, com a invenção da fotografia, a pintura se tornou um meio obsoleto de retratar pessoas ou paisagens. Daí surgiu a necessidade de se distanciar da realidade com movimentos artísticos de vanguarda, que começaram a arte moderna. É por isso que muitas obras parecem sem sentido — algumas são mesmo.
Encerrada a aula de história da arte, façamos um paralelo com o tema principal desse blog. Antigamente os games eram 2D, em 8-bit, com gráficos porcos e os personagens não passavam de borrões de pixels na tela. Com o passar do tempo, a tecnologia evoluiu e os jogos se tornaram cada vez mais realistas, até que chegamos a um ponto em que a maioria dos games que fazem sucesso não fazem nada além de retratar a realidade. Os desenvolvedores estão cada vez menos criativos e mais acomodados com sua posição confortável, afinal.não é preciso muita criatividade para fazer um Gran Turismo, Battlefield ou qualquer outro game que precise apenas imitar a realidade.
E esses jogos são sempre bem sucedidos comercialmente, fazendo com que as empresas não saiam de suas zonas de conforto para tentar inovações, afinal fazendo o básico é possível lucrar bastante. Será que não precisamos de jogos mais bizarros e menos realistas para romper com os padrões dessa geração, assim como os vanguardistas fizeram na arte tradicional? Não que eu não goste de games realistas, muito pelo.contrário. Eu amo passar tardes jogando Forza Motorsport, por exemplo. Mas também gosto de coisas mais inovadoras, que se preocupem com a diversão em primeiro lugar, sem compromisso com simular a vida real.
Essa é uma tecla na qual eu venho batendo desde sempre: games foram feitos para divertir. E têm um potencial incrível de ir contra a realidade, como em Mario Galaxy, que olha para as leis da física e dá risada. Precisamos de uma vanguarda nos games.