Hoje em dia, os jogos de tiro em primeira pessoa, ou FPS, estão invadindo os consoles, e é cada vez mais comum estourar os miolos de soldados na segunda guerra mundial por exemplo. Porém, a inovação é um item escasso nos games desse gênero, o que pode ser facilmente constatado pela quantidade absurda de FPSs genéricos apresentados nas feiras de games nos últimos anos.
Seja na guerra fria ou numa batalha épica futurística, não importa onde um FPS se situe ou qual seja seu enredo, a mecânica de jogo é muito simples, e a jogabilidade é quase igual de um game para outro. A falta de variedade nas fases é um problema, por isso eu elogio tanto games como Call of Duty Black Ops e The Conduit 2, que possuem estágios diversificados, e não são cansativos, além de ter uma história boa e bem elaborada, equilibrando as cenas de ação com o roteiro.
Reparem em alguns dos principais games apresentados na E3 2011: Call of Duty Modern Warfare 3, Ghost Recon Future Soldier, Halo 4, Battlefield 3, Far Cry 3, Brothers in Arms 4, Resistance 3, entre outros jogos de tiro. A maioria, em primeira pessoa. E percebam que todos fazem partes de franquias, que estão se desenvolvendo muito nos últimos anos graças ao "boom" dos FPS, mas não há tanta inovação assim nem tanta diversidade entre os títulos citados.
FPS é um gênero relativamente novo, tendo em vista que os consoles antigos não eram capazes de reproduzir gráficos em primeira pessoa como se consegue hoje, porém esse estilo de jogo não é muito explorado, afinal mesmo os games de menos qualidade possuem vendas bem altas, em comparação a outros gêneros, como RPG ou plataforma, que precisam se reinventar sempre para manter-se em alto nível. Mas atualmente, é clara a invasão dos games de tiro nos consoles, o que está empobrecendo as bibliotecas de jogos. Não peço para que os FPS sejam abolidos, mas sim para que tenham todo seu potencial explorado, inovem, e que as produtoras não se esqueçam dos outros gêneros!