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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quando dois mundos se misturam

Esse post foi feito em conjunto com nosso parceiro, Reflect About, blog do meu amigo @felipetfragoso! Podem esperar por mais textos em parceria com ele...


Já percebeu que quando ocorre algum caso de assassinato,  homicídio ou suicídio que choca as pessoas, e não há nenhuma explicação para os fatos, a mídia tenta "solucionar" o caso criando especulações e teorias, e, especificamente falando de uma, em 95% dos casos eles usam a teoria de que "A culpa foi do videogame". Quantas vezes você já não ouviu pela TV, rádio ou algum conhecido que jogos de videogames muito violentos deixam as pessoas agressivas? Quantas vezes já não disseram que algum crime foi motivado por jogos como GTA ou Call of Duty?

Toda vez que um telejornal ou rádio diz isso, eu já mudo de canal ou estação no exato momento.
De verdade, eu fico muito puto com essa teoria. Se nem a polícia tem uma explicação ainda pro fato, por que é que a mídia vai solucionar sem nenhuma prova, ou só com fatos nulos? Como por exemplo de que a pessoa jogava muito videogame durante seu tempo ocioso.


Imagino que muitos leitores de ambos os blogs, assim como esses blogueiros que vos escrevem, já jogaram games de tiro, guerra, ou qualquer outro estilo, em que o objetivo principal seja matar pessoas. Se nós gostamos de tirar a vida de pessoas nos jogos, então também somos propensos a fazer isso na vida real, certo? Errado!


Pessoas sensatas e com caráter não fariam algo assim no mundo real. Nós sabemos discernir a realidade da ficção, e temos plena consciência de nossos limites como cidadãos, e das consequências de nossas atitudes. Não são os games violentos que determinam nosso comportamento, mas é possível que pessoas agressivas tenham tendência a se interessar mais por esses jogos. Ou seja, na verdade não são os jogos que tornam as pessoas violentas, mas sim o contrário: as pessoas violentas jogam mais esse tipo de game.



Eu sou fã de videogame e desde pequeno jogo todos os tipos de jogos, incluindo os violentos, e nem por isso eu serei um assassino!
Se eu cometer um ato desses, provavelmente eu terei outros motivos, e a última razão para eu fazer tal coisa é a ideia de querer vivenciar a experiência que eu tenho em jogos.


Citando um exemplo bem prático:
O jogo GTA San Andreas, conhecido mundialmente por milhões de pessoas, por conta de seu sucesso.


Desde seu lançamento, eu virei um fanático pelo jogo, principalmente pela liberdade que é concedida ao jogador, de poder andar livremente pela cidade para "fazer o que quer".
Agora pense: se eu fizesse tudo que eu faço no jogo, ou tudo que é possível fazer no jogo... Nossa, o mundo estaria perdido.




Então, quando ocorre um fato trágico, a possibilidade do assassino ou da pessoa que causou tudo aquilo ter feito tudo o que fez por conta de videogames é mínima. 
Quando as empresas que produzem os jogos fazem o seu lançamento, dependendo do jogo, já possui um selo que identifica a classificação etária, que no caso do jogo acima é para pessoas maiores de idade. Porém, eu jogava pois possuía o consentimento dos meus pais. Com isso, as empresas lançam os jogos com a premeditação de que o jogador irá discernir o mundo real do mundo virtual.
Eis o motivo de eu ficar com raiva da mídia quando citam essa hipótese... o assassino pode ter milhões de motivos, mas, na maioria dos casos, o videogame vai ser o último fator que influenciou-o à fazer aquilo.