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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Jogos nas telonas


A indústria cinematográfica sempre tentou lucrar o máximo possível fazendo seus filmes saírem dos cinemas para outros produtos. Um desses alvos são os videogames. Não é nada raro ver uma película adaptada a um jogo, geralmente lançado em todas as plataformas e na maioria dos casos, ruins. Claro que existem exceções como o lendário 007 Goldeneye, um dos melhores jogos de tiro em primeira pessoa de todos os tempos. Entretanto a conversão das telonas para os consoles não costuma ser muito bem sucedida.

Entre os motivos principais estão a pressa em lançar o título simultaneamente ao filme, e o baixo orçamento para o desenvolvimento do jogo, uma vez que não se tem em mente criar um grande clássico dos games, mas sim fazer um produto de apoio ao filme. Porém estamos presenciando o fenômeno inverso, afinal muitas produtoras estão anunciando adaptações de jogos para o cinema. Além de curtas complementares aos universos dos jogos, como Assassin’s Creed Embers e Ghost Recon Alpha, existem vários longa-metragens em produção.

God of War é uma das séries que vai ganhar espaço nas telonas, num filme que contará as origens de Kratos e deve ser lançado ainda em 2013. Existem muitos planos de transpôr para o cinema títulos como Assassin’s Creed, Shadow of the Colossus, Dead Island, Splinter Cell, entre outros. Além dos exemplos óbvios como Resident Evil, Prince of Persia e Mortal Kombat, que já ultrapassaram a fronteira.

É claro que um filme de 2 horas sofre para virar um jogo de 10 horas. As desenvolvedoras precisam fugir do tema do original para se aventurar em expansões do universo a fim de conseguir missões extras e mais coisas pra fazer no jogo, até que ele alcance uma duração aceitável. Quando o caminho inverso é trilhado, a dificuldade tende a ser maior ainda, pois é necessário condensar uma aventura que dura 10 horas ou mais em uma película cinco vezes menor, perdendo muitos detalhes importantes, mais ou menos como o que acontece quando um livro vira filme.

Como já foi dito, existem exceções dos dois lados, mas em geral o que importa é fazer um produto nas coxas que sirva apenas para marketing, que simplesmente pega carona no sucesso do título original. Enquanto as pessoas se contentarem com esse tipo de coisa, as empresas não vão se importar com a qualidade das adaptações. Será que os jogos que estão indo para as telonas vão seguir o mau exemplo dos filmes que migram para consoles?

Texto publicado originalmente por mim no Player Two.