A princípio, esse debate parece não ter muita relação com o mundo dos games. Mas vamos analisar de outro ângulo. Os projetos de lei não só tiram todo o direito à liberdade de expressão dos internautas, como também classifica todos os usuários da grande rede como possíveis criminosos. Assim como os bancos e aeroportos, ao fazerem você passar por um detector de metais. Mas nesse caso, não é apenas por mera prevenção, e sim para obterem total controle da Internet.
A grande rede de computadores é um fenômeno tecnológico e social sem precedentes, e a indústria de entretenimento - TV, filmes, livros e, adivinhem, games - acabou perdendo espaço de uma maneira muito brusca na última década com a popularização da Internet, e a proliferação de computadores nos lares. Hoje em dia, uma conta de e-mail é praticamente tão importante quanto um RG. E uma maneira das grandes corporações do entretenimento recuperarem esse espaço perdido seria controlando a Internet, e impedindo o compartilhamento de seus preciosos produtos protegidos por direitos autorais. Ok, mas o que isso tem a ver com games?
Todos sabem que esses métodos não são eficazes no combate à pirataria, e mesmo assim as empresas continuam tentando monitorar cada passo que damos, como se a qualquer momento fôssemos fazer algo de errado. Tudo isso porque, com o advento da Internet, muitas coisas mudaram, e agora as pessoas têm acesso a vários serviços de graça. Agora querem sair por aí fechando sites à toa. Obama já se posicionou contra os projetos de lei, e eles nem estão mais em tramitação no senado. Mas temos que ficar sempre alertas, afinal muitas outras SOPAS, LENTILHAS e FEIJÕES podem aparecer pela frente, tentando censurar nosso acesso a informações e conteúdo. Os games não estão fora desse panorama.
A Internet e todas as suas possibilidades, sejam boas ou ruins, estão ai e são uma realidade. As empresas precisam aprender a se reinventar e conviver com essa realidade, em vez de tentar censurá-la.
