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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Realismo nos games

Os games vêm evoluindo cada vez mais graças à tecnologia implementada e também aos desenvolvedores que estão produzindo jogos mais criativos e inovadores em vários aspectos. Com isso, os jogos estão ficando mais realistas, seja no enredo, no visual, nas interações ou na física aplicada. Porém não podemos nos esquecer da função primordial dos games: a diversão. Será que todo esse realismo contribui ou prejudica o divertimento do jogador?

Antes de iniciar a discussão, vou mostrar uma matéria exibida no Globo Esporte sobre o motion capture do FIFA:

Esse processo também é realizada na maioria dos games atuais para aumentar o realismo. Convenhamos que num jogo de futebol como FIFA e PES, essa dose de realidade é muito bem-vinda, pois simula muito melhor os movimentos de um jogador, beirando a perfeição, e a física também se torna muito mais realista no jogo. Com isso, a experiência do gameplay se torna mais divertida.

Outro exemplo onde o realismo é aliado à diversão:
Disaster: Day of Crisis, excelente game do Wii, possui muitos elementos interessantes. Em meio a um enredo bom, muitas catástrofes e cenas de ação, o jogador tem que passar por alguns sufocos, como escapar de uma erupção vulcânica ou uma tsunami. Mas é necessário se ater a alguns detalhes como a saúde do personagem. Respirar as cinzas vulcânicas prejudica os pulmões, e ficar na água extremamente gelada por muito tempo pode causar hipotermia. Vários outros cuidados devem ser tomados em meio aos desastres, e várias vítimas são salvas através de respiração boca a boca e massagem cardíaca. Ou seja, o realismo nesse caso é um fator muito interessante, que adiciona diversão ao game.

Porém existem exceções, onde o realismo torna a experiência maçante e o jogo que era pra ser divertido acaba se tornando um simples simulador, sem nada demais. A menos que simular a realidade seja o objetivo do game, o excesso de verdade é ruim para o jogo. Por exemplo, a série F1, da Codemasters imita perfeitamente um carro de Formula 1. Eu particularmente adoro esse game, mas normalmente prefiro jogar um Mario Kart descontraído do que encarar a seriedade do simulador. É por esse motivo que a série Need For Speed começou a apostar mais na diversão do que no realismo com NFS Shift.
Várias vezes a falta de realismo é o grande ponto forte do jogo, e o principal exemplo é Super Mario Galaxy. O total desrespeito às leis da física fariam Galileu, Newton e Einstein chorarem de desgosto diante do game, mas é impossível negar que toda essa maluquice criada por Shigeru Miyamoto é simplesmente genial no quesito diversão. Gravidade? O que é isso?

Claro que em muitos jogos, como alguns já citados, o realismo influi positivamente no resultado final, mas em alguns pode tornar o game chato. Cada caso deve ser analisado individualmente, pois existem muitos fatores por trás dessa tênue linha entre a diversão e a chatice. Existem jogos realistas divertidos e chatos, assim como jogos nada realistas que também podem ser ou não legais. A falta de nexo pode atrapalhar.

Mas uma coisa é certa: o realismo nos games é uma evolução, e apesar de não ser benéfico em todos os casos, pode multiplicar a diversão se for bem utilizado, e jogos realistas vieram pra ficar!