Total de visualizações de página

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Deja Vú #5

Nesse dia lindo, eu até pretendia falar sobre algum game de futebol no Deja Vú, mas resolvi homenagear o console aniversariante da semana com um game que é considerado até hoje um dos melhores RPGs de todos os tempos, e já ganhou até remake!

Quando se faz uma lista dos melhores games do SNES ou dos melhores RPGs não se pode deixar de lado esse jogo. Chrono Trigger é o resultado da soma de forças do que foi chamado de Dream Team do desenvolvimento de jogos, composta por nada menos que Hironobu Sakaguchi (produtor de Final Fantasy), Yuji Horii (diretor de Dragon Quest), Akira Toriyama (criador de Dragon Ball e Dr. Slump), o produtor Kazuhiko Aoki (designer em Final Fantasy III e IV) e Nobuo Uematsu (músico de Final Fantasy).


Com uma equipe de produção dessas, não era possível o game não ser bom. O objetivo era criar um game revolucionário, com vários finais, sistema de batalha inovador, gráficos belos pra sua época e um roteiro digno da qualidade do time de produção.


Logo de cara, nota-se o traço do lendário desenhista e mangaká Akira Toriyama. Daí a semelhança entre Cronno e Goku por exemplo. O game se passa em várias épocas, pois as viagens do tempo são um elemento  recorrente na aventura, mas a história começa no ano 1000. Um festival comemorando o milênio está acontecendo e nesse festival, o protagonista Crono e suas amigas Marle e Lucca se metem em confusão com uma máquina do tempo que acidentalmente os leva para o ano 600. Contando com a ajuda de Frog, Robo e Ayla, personagens de épocas diferentes, os heróis viajam no tempo muitas vezes para derrotar o vilão Lavos e impedir desastres de acontecerem no presente, passado e futuro. Contar mais seria estragar o brilhante roteiro...


Chrono Trigger inova em muitos pontos da jogabilidade. As suas ações influenciam no que acontece no futuro, e você vai notar as consequências quando viajar pro futuro após fazer algo no presente.O mapa geral é menos detalhado, enquanto o de cidades ou calabouços é mais real, e pode-se conversar com habitantes ou encontrar itens. Os inimigos são visíveis na tela, e não existem batalhas aleatórias, pois o jogador escolhe se quer lutar ou não. Para batalhar, é só encostar nos inimigos, e a luta ocorre no mesmo mapa, sem nenhuma mudança de cenário. 


O sistema de batalha é uma das maiores inovações. Você pode escolher se seus personagens irão atacar sozinhos ou combinarão forças para formar um ataque mais forte. Além disso, existe uma barra de ação em todos os envolvidos na batalha, sejam aliados ou inimigos. Quando um personagem ataca, ele tem de esperar a sua barra encher novamente pra poder atacar. É uma mistura entre batalha por turnos e em tempo real.


Um game inovador, com um time de produção de qualidade por trás, um roteiro fantástico e que é lembrado até hoje, 15 anos depois, ganhando versões para Playstation e DS, Chrono Trigger não poderia ficar de fora da lista de games homenageados pelo Deja Vú. A recepção da imprensa não poderia ser melhor. 9.25/10 na EGM, nota máxima na GamerPro e EuroGamer, 8.8 na IGN e 8.5 na Gamespot, além do 25º lugar no Gamerankings e várias aparições nas listas de melhor game do mundo.


Chrono Trigger merece ser jogado até os dias de hoje, seja no saudoso SNES, no PS1 ou no atual DS, onde  quem vos digita está jogando.