Produtora: Nintendo
Desenvolvedora: Nintendo EAD
Gênero: Action/Adventure
Plataforma: Wii
Data de lançamento: 20 de novembro
Apresentação: 10
Gráficos: 10
Som: 9,5
Jogabilidade: 10
Diversão: 10
Vida útil: 10
NOTA: 10
Todo jogo tem uma história mas apenas um é uma lenda. É o que dizem sobre Zelda. E essa lenda está de volta com tudo no Wii! Em comemoração aos 25 anos da série, Ocarina of Time e Four Swords foram relançados nos portáteis, e agora a franquia ganha mais um jogo de peso no console branco.
Skyward Sword consegue uma façanha incrível. Reúne em um só jogo o espírito de toda a série Zelda, mas ao mesmo tempo tem uma característica única e inovadora em relação aos anteriores. As alusões à franquia começam na capa. Os mais curiosos perceberam que na capa do game existe o símbolos das deusas de Hyrule, algumas notas musicais, entre outras curiosidades. E o tema principal do jogo tocado ao contrário parece com outras músicas da série. Enfim, a apresentação do jogo é fenomenal, e traz o famoso "feeling de Zelda" com força total.
Os gráficos são fantásticos para o padrão do Wii. A direção de arte conseguiu reunir o estilo sombrio de Twilight Princess ao estilo cartunesco de Wind Waker. Mas apesar de ficar num meio termo, Skyward Sword ainda assim mantém uma característica única. O jogo foi inspirado nos pintores expressionistas do modernismo, portanto as cores vivas e fortes saltam aos olhos durante toda a aventura. A parte sonora é incrível, com músicas excelentes, como já é de costume na série. Porém a nota foi 9,5 pelos diálogos não serem dublados. Mas considerem como um 9,999999.
A jogabilidade é um capítulo à parte. O uso do motion plus é obrigatório, o que faz com que algumas pessoas tenham que comprar o acessório para jogar, mas ao longo do game você percebe como o plus é necessário. Muitos puzzles dependem do controle por movimento mais preciso que o acessório permite, e os golpes de espada reproduzem exatamente o que o jogador faz. Muitos dos inimigos só são derrotados com inteligência, pois eles se defendem de acordo com a posição da espada do Link. É preciso enganá-los para não ter seu golpe bloqueado, algo que só o motion plus possibilita. O controle por movimento também ajuda na hora de usar itens ou voar pelos céus livremente.
Skyward Sword tem muitos elementos de RPG, como coletar objetos, insetos e artefatos que podem ser encontrados no chão ou ao se derrotar um inimigo, e utilizá-los para aumentar a durabilidade do seu escudo, por exemplo. A barra de stamina também é uma novidade. É possível correr ou escalar, mas se a barra se esgotar, Link fica cansado e vulnerável por alguns segundos, o que pode ser fatal no meio da areia movediça, ou pendurado num penhasco. São inovações para a série muito bem vindas, que eu espero que continuem nos games futuros, assim como os itens novos.
Mas a maior diferença de Skyward Sword para os outros jogos da série é que agora chegar até as dungeons é tão complicado quanto sair delas. Antes, entrar nas dungeons era fácil, não havia muitos obstáculos, e o difícil era passar pela parte de dentro delas. Agora, o mapa inteiro é como uma enorme dungeon, repleto de puzzles para se entrar nos calabouços. Não existe mais o Hyrule Field aberto para a exploração. Em vez disso, há a Skyloft, cheia de ilhas flutuantes, que tem a sensação de liberdade característica da série entre uma dungeon e outra.
O level design do jogo não é nada menos que genial. Assim como nos outros jogos da série, os puzzles são fantásticos e engenhosos, e a cada vez que um é resolvido, aquela famosa musiquinha vem à tona e dá a sensação de dever cumprido. Skyward Sword é cheio desses momentos. O game também tem muitas side quests para serem completadas, e a vida útil é acrescida de muitas horas graças a essas tarefas secundárias e aos objetos coletáveis. Passear pelos céus também é muito bom, e quebra o ritmo da jogatina entre uma missão e outra. Skyloft é um lugar cheio de coisas para se fazer.
Como todos sabem, Zelda é Zelda. E Skyward Sword é uma verdadeira homenagem à toda a série, misturando elementos dos jogos anteriores, mas com uma identidade própria, e inovando bastante apesar de manter características clássicas. Misturando momentos de ação, enigmas, a liberdade de voar pelos céus, mas sempre com o bom e velho jeito de ser da série. Um dos melhores jogos de 2011, e também de todos os tempos.