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terça-feira, 21 de maio de 2013

Deja Vú #58 - The Legend of Zelda

Hoje, falaremos de um jogo bem antigo que marca o início de uma das séries mais brilhantes da atualidade, The Legend of Zelda, o primeirão.



Com essa caixa meio zuada e o clássico cartucho dourado, nascia, no saudoso Nintendinho, um dos carros chefes da Nintendo e, provavelmente, a melhor série dela atualmente. O Action-adventure lançado em 1986 foi uma revolução por ser o primeiro game a incluir uma bateria para salvar o game e poder voltar outra hora sem perder tudo (lembra quando você morria no Super Mario Bros. e tinha que começar tudo de novo?). Além disso, inovou, quebrando, junto com Final Fantasy, um paradigma daquela época de que os jogos precisavam ser curtos para ser possível termina-los em apenas uma jogatina. E a ultima novidade que é realmente importante é a fusão de gêneros. Já havia muito tempo que os jogos eram definidamente de um estilo. Ou plataformer ou RPG ou esportes, etc... TLoZ foi o primeiro a juntar 3 gêneros. Ação, aventura e uma pitada considerável de RPG. Ação por conta das batalhas com os inimigos, aventura por conta das idas e vindas de Link pra ir de dungeon em dungeon e RPG por que você começa bem noobão com uma espada de madeira  e no fim do jogo é possível ter um boomerang, um arco e flecha, um cajado, uma espada muito melhor que a inicial e mais corações que no início entre vários outras melhorias que são conquistadas com muita exploração. Entretanto, diferentemente de Super Mario World por exemplo, o primeiro Zelda não envelheceu bem...


4 imagens juntas mostrando quatro momentos diferentes de gameplay em partes diferentes do mapa

Não é no lado técnico porque seria idiota pedir bons gráficos para os padrões atuais, e até porque, algumas especificidades são boas mesmo hoje em dia. A clássica música do Hyrule Field ainda soa bem, ainda mais no nostálgico 8-bit. O aspecto gráfico apresenta um grau de detalhamento gigantesco para a época. Existem bastante cores e os bosses são realmente um show a parte. Os jovens que estavam assustados com o acidente nuclear de Chernobil que tinha acontecido naquele ano devem ter esquecido dos problemas quando viram aqueles chefes coloridos e difíceis de matar. Isso é algo que a serie mantem ate hoje. Os chefes são problemáticos ate você achar o ponto fraco deles. Agora a parte ruim. Jogos como Mario envelhecem bem porque não se precisam lá pensar muito para jogar. Afinal, você nasce na esquerda e tem que chegar na direita. TLoZ, entretanto é um jogo muito, mas muito mais complexo que plataformers daquela época. E ainda assim, você é jogado aos lobos logo no segundo mapa. Antes de começar a pegar o jeito, devo ter morrido umas 15 vezes, sem exagero. Além disso, os upgrades estão espalhados pelo imenso mapa e não tem nenhuma dica sobre onde você deve pega-los. Isso ocorre pelo fator limitante daquela época, a memória. Não se tinha espaço para colocar diálogos e placas. Aqui cabe uma ressalva. Eu acho o tanto que os videogames levam os jogadores pela mão hoje em dia um exagero. Entretanto, isso é muito melhor que antigamente. Ser jogado aos Octoroks assim que você começa o jogo não é legal. =(



Pra encerrar. Apesar de todos os problemas técnicos que incomodarão um jogador acostumado aos jogos de ultima geração e a dificuldade bem maior do que a dos games atuais, vale a pena jogar esse jogo se você gosta da série. É muito legal perceber que apesar dos anos, muitas mecânicas se mantiveram e a sensação de quando se está no jogo é a mesma de jogar Skyward Sword. Numa época onde os jogos ainda eram uma industria bem menor, a imprensa especializada quase inexistia. Desse modo, só temos reviews contaminados pela visão atual. Essas são um 9 da IGN, um 7,2 da Gamespot e um 8,3 da Gamerankings além de um 8,9 de média do público.

Fui!

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