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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Boteco Filmes #2 - A justiça nunca… é para todos.


Olá pessoal! O filme de hoje é um daqueles que fazem a gente refletir bastante. “Justiça para todos”, de 1979, é um clássico de Al Pacino que está no topo dos filmes que conseguem como qualquer outro misturar crítica e inteligência, na minha humilde opinião. Se passa nos Estados Unidos da década de 70 para a de 80, e relata a vida de Arthur Kirkland, um advogado único. Desde sua formação acadêmica, Arthur percebeu que a vida de advogado não é aquela que ele sonhava. Trabalha horas a fio todos os dias, pensa em desistir, mas ainda acredita que tudo irá melhorar. Trabalha defendendo casos de pessoas simples, que não podem pagar um bom advogado, e sofre com a pressão do Juiz Fleming, um rígido  conservador que seque todas as regras do direito na mais fina ordem, sempre ignorando o lado emocional e humano dos casos que Arthur leva ao seu julgamento. São inimigos declarados.
Justia Para Todos : foto
Em um momento da história, o juiz Fleming é acusado de estupro e violência sexual por uma jovem, e escolhe Arthur para defendê-lo, o mais qualificado da equipe de advogados. Fleming se sente humilhado, pois precisa da ajuda daquele que tanto desprezava, que considerava como um advogado dos pobres e ladrões. Mas ao mesmo tempo usa Arthur como uma estratégia infalível de defesa. Se o “advogado dos pobres” aceitar o seu caso, todos realmente acreditarão que ele é inocente, afinal, como eram inimigos públicos, o advogado só defenderia Fleming se este realmente fosse inocente.
Anos antes, Fleming condenou um cliente de Arthur defendido com toda a força como inocente. Todas as provas, testemunhas e relatos davam razão à ele. O juiz negou, e o condenou.  Arthur coloca a liberdade de seu cliente como condição para aceitar o caso do juiz.
Basicamente, este é o enredo, o máximo que posso falar sem dar spoilers.
  • Ficha Técnica
     
     
    And Justice for All (Justiça para todos)
    • Lançamento - 1979 (114min) 
    • Dirigido por -  Norman Jewison
    • Estrelando – Al Pacino, John Forsythe e Jack Warden

    • Gênero – Drama e Suspense




 
Mas o principal desse filme está no que acontece na mente de Arthur. É ai que o filme se destaca entre tantos outros que já mostraram cenários de julgamentos e temas parecidos. A grande mensagem de todo o filme é: Será que nosso sistema de justiça realmente está correto? Será que o mais pobre dos pobres e o mais rico dos ricos têm as mesmas oportunidades e chances de ser defendido perante a justiça? Um bandido merece a mesma defesa, o gasto de tempo e de um tribunal do que um inocente?. Ele permeia por estas questões, é um baita “tapa na cara da sociedade”, como diria nosso temperamental colega Datena.
Sua trama aparentemente linear possui momentos de grande emoção, dor, esperança e raiva. Do ponto de vista técnico, o filme conta com boas tomadas de câmera e passagens de cena, mesmo não se destacando em excelência por isso. Sua trilha sonora é razoável, nada fora do comum. Mas sua impressão nas telas é incrível. A interpretação de Al Pacino é perfeita. E o enredo, mais perfeito ainda.
Abaixo o trailer, que só achei no áudio original. Mas nele o que conta mais são as imagens. Dão uma boa ideia do filme em geral!
Ah, mais uma coisinha. O começo desse filme está estre os melhores de todos. É simples, mas genialmente fantástico.
Vale a pena conferir!



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