Minecraft é um fenômeno absurdo, com mais de 20 milhões de unidades vendidas
O que impedia isso de acontecer era a burocracia exigida pelas empresas para o cadastramento de desenvolvedoras e os altos custos para adquirir um kit para começar a fazer os jogos. A Nintendo, por exemplo, exigia um escritório oficial para liberar o kit de desenvolvimento, impossibilitando que o Notch lançasse Minecraft num console deles - já que o game foi feito do sofá de casa. A Sony tinha um rigoroso processo de aprovação do jogo antes de lançá-lo. Agora essas exigências foram derrubadas para facilitar o acesso aos indies. Outras dificuldades, como número mínimo de vendas e cobrança de taxas para atualizações parecem que também vão sumir.
Muitas dessas mudanças em relação aos desenvolvedores independentes se baseiam nas plataformas de código aberto como o Android e iOS, que obtém grande sucesso com vários jogos e aplicativos totalmente indies. O seu primo gordinho pode desenvolver o próximo sucesso estilo Angry Birds e ficar milionário com os downloads para smartphones. Agora esse conceito está sendo aplicado aos consoles, e deve funcionar muito bem, principalmente porque a palavra de ordem da próxima geração é a interatividade - entre você e a empresa, você e o desenvolvedor, você e outros jogadores e, porque não, entre os desenvolvedores e a empresa?
Claro que os blockbusters continuarão a ter seu espaço nos consoles. Ninguém vai deixar de jogar Assassin's Creed pra fritar no Doodle Jump por horas e horas no Playstation 4. Mas agora os indies estão caminhando para conquistar um lugar ao sol e isso é muito bom para todos nós. Se agora você tem dezenas de jogos novos pro celular todos os dias, por que esse modelo não daria certo no seu videogame, que é desenvolvido exatamente pra ter jogos? A presença dos indies no mercado aumenta a concorrência e isso, com certeza, exige mais de todo mundo. Quem tem a ganhar com isso somos nós, que teremos games em maior quantidade e qualidade.
Pra quem quer ler mais sobre o assunto.
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