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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Virtual Console, PlayStation Store e Xbox Live Arcade

Essa é uma dica pra aqueles que, assim como eu, são fãs de jogos antigos e possuem um Wii, 3DS, PS3, PSP, PSVita ou um X360 (e também pra aqueles que pretendem ter um Wii U). São alguns serviços dedicados a emular jogos antigos ou disponibilizar remakes/remasterizações dos mesmos por via da internet. Bem, se você costuma acessar os serviços online do seu console, já deve ter ouvido falar de algum deles... Enfim, vamos por partes!

ATENÇÃO: Meu objetivo nesse texto não é fazer um comparativo, e sim apenas fazer uma sugestão a todos os tipos de gamers! A intenção é apenas que todos tenham diversão com seu console, aproveitando algumas funções disponibilizadas a eles.

Virtual Console (Wii, 3DS, Wii U)

O Virtual Console é um serviço da Nintendo, lançado em 2006 junto com o Wii, que emula jogos de consoles das gerações passadas. Inicialmente o serviço só continha jogos de NES, SNES e N64, mas mais tarde também ganhou roms de Master System, Mega Drive (Genesis), TurboGrafx16, NeoGeo, Commodore 64 (EUA e Europa) e MSX (Japão), além do Virtual Console Arcade, área dedicada a vídeos... de arcade!
No Wii, dependendo do console escolhido, é necessário o uso de um controle diferente (como o do GameCube ou o Classic Controller) devido a falta de botões e analógicos no WiiMote/Nunchuk. Mas a maioria aceita apenas o WiiMote como controle. No 3DS, o serviço já conta com jogos de Game Boy, Game Boy Color, NES e Game Gear, mas tudo indica que futuramente também contará com jogos de Game Boy Advance e TurboGrafx16. Além de todos esses, a eShop também disponibiliza os 3D Classics, que são jogos de NES refeitos em 3D para o console.
Os jogos no geral são baratos, os mais caros custando R$10,00 e 1000 Wii Points. Eses podem ser encontrados no Wii Shop Channel e no Nintendo eShop. E olha... vale a pena. Experiência própria. No meu 3DS já tenho 5 títulos diferentes e mais uns 4 ou 5 que estão salvos na minha lista de desejos! Ah, e quase esqueci de mencionar! Além de já confirmado o serviço no Wii U, também foi afirmado que haverão jogos de GameCube disponíveis para a compra. Weehooo!

PlayStation Store (PS3, PSP, PS Vita)

A PlayStation Store é a loja oficial da PSN, lançada em 2007. Ela faz a venda de diversos itens para os consoles, entre jogos, demos, trailers (de jogos e filmes), DLCs e temas. Você que possui algum console da Sony deve saber melhor que eu (entrei muito poucas vezes nela), mas sei que a loja disponibiliza jogos clássicos de PS1, PS2, PSP (no Vita), Arcades, NeoGeo, TurboGrafx16 e Dreamcast. Além disso, a conectividade entre PS3 e PSP possibilita jogar jogos de PS1 no portátil. E não é só isso - ainda existe a HD Collection - uma lista de títulos de PSP, PS2 e alguns jogos de outros consoles remasterizados em HD para o PS Vita e o PS3!
Não consegui obter a média de valores para jogos na PlayStation Store - só consegue entrar na loja online pelo PC aquele que tem uma conta na PSN. Mas não deve ser algo caro. Aconselho a todos que tiverem algum console da empresa, porque afinal, é uma loja extremamente diversificada em títulos. Se eu tivesse um PS3, com certeza faria muito uso dela!

Xbox Live Arcade (X360)

Lançado em 2004 no finado Xbox, a Xbox Live Arcade, atualmente parte da Xbox Live Marketplace, é um serviço que disponibiliza jogos de diversos tipos para download. Apesar de seu foco ser em jogos pequenos tanto de grandes empresas quanto de empresas indies, a Live Arcade também disponibiliza o download de alguns jogos clássicos, desde consoles a Arcades (entre eles jogos de N64, Sega CD e Dreamcast, por exemplo). Atualmente a loja conta com 547 jogos disponíveis, mas, por algum motivo que ainda desconheço, a loja brasileira conta com apenas 145 desses jogos (o que me deixou muito triste, pois a minha chance de jogar Banjo-Kazooie e Banjo-Tooie na casa do Cadu se foi).
O preço dos jogos variam entre cerca de R$10 e R$40 (entre 400 e 1600 Microsoft Points). Todos os jogos possuem a opção de download de uma versão de teste gratuita, contando com um tempo estabelecido de jogo ou uma fase específica.
A loja não dá muito foco a jogos antigos, mas ainda sim é possível fazer uso dela pra colocar um pouco de poeira no seu X360!

Enfim, essas foram as minhas recomendações. Espero que eu tenha ajudado, e que você tenha uma boa diversão com jogos antigos!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Review #42 - Assassin's Creed III

Vocês votaram nesse como o jogo mais esperado fim do ano, então aqui está o review de Assassin's Creed III...
Ficha técnica
Produtora: Ubisoft
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Gênero: Ação/Aventura/Stealth/Sandbox
Plataformas: X360, PS3 e Wii U
Data de lançamento: 30 de outubro

Apresentação: 9,5
Gráficos: 10
Som: 8,5
Jogabilidade: 10
Diversão: 10
Replay: 10
NOTA: 10

Todo jogo tem uma história, mas apenas um tem como roteiro a história da humanidade. É esse o grande destaque dessa série, que surgiu na geração atual e em pouco tempo se tornou uma das mais importantes do mundo dos games. Não foi por acaso que Assassin's Creed III foi tido - por vocês - como o jogo mais esperado do fim do ano. Quem acompanha o blog deve ter percebido que este humilde blogueiro que vos escreve também estava contando os dias para esse game. Então vamos a ele.

O jogo começa do ponto onde termina AC Revelations, e desde o início já dá pra ver o esmero com o qual a Ubisoft se empenhou para fazer o game. Menus, legendas (também em português-BR), gráficos remodelados, jogabilidade refeita, e uma engine nova, tudo para justificar os três anos de desenvolvimento. Apesar de dois jogos terem sido lançados nesse meio tempo, ACIII já estava sendo feito desde que ACII chegou às prateleiras das lojas.
Os gráficos, que não eram nenhum ponto fraco dos últimos jogos, foram aprimorados e estão ainda mais bonitos. As cenas em computação gráfica - que definitivamente não são poucas - foram todas muito bem feitas e transmitem toda a grandeza e emoção da narrativa através de expressões faciais e dublagem de excelente qualidade. Voltaremos a falar da dublagem daqui a pouco...

O aspecto que mais evoluiu em relação aos antecessores foi, seguramente, a jogabilidade. Os fãs terão que reaprender a jogar Assassin's Creed. A trava de mira ficou bem mais prática, e agora você não vai mais ter problemas para entrar ou fugir de uma luta. E por falar nisso, o sistema de combate melhorou muito, lembrando um pouco o de Batman Arkham City, mas não tão fácil. Agora você terá de enfrentar muitos inimigos de uma vez só, e vários atacando ao mesmo tempo. Nos outros jogos da série, não era difícil derrotar 10 guardas e sair sem um arranhão, enquanto em ACIII você deve sofrer bem mais com a inteligência artificial dos adversários.
Contudo se os oponentes ficaram melhores, você também ganhou novos artifícios. Além das dezenas de golpes e animações novos, existem novas armas, como o machado e os rope darts - que são excelentes para pegar um inimigo desprevenido do alto e deixá-lo pendurado - e os equipamentos que já existiam foram melhorados, como a lâmina oculta que agora também funciona como uma faca, e a arma de fogo que é bem mais eficiente.

É possível usar um inimigo como escudo contra tiros, jogar um em cima do outro, usar as armas deles, entre outras melhorias no sistema de combate. E o modo stealth também foi aprimorado com coisas simples, mas fundamentais, como se esconder em quinas ou no mato, e quando estiver escondido num monte de palha, você agora pode assoviar para chamar a atenção dos guardas e pegá-los de surpresa. Como nunca pensaram nisso antes?
Ainda sobre a jogabilidade, se locomover por entre as árvores agora ficou tão natural quanto pelos telhados. E como as cidades não têm os arranha céus com os quais você se acostumou, talvez seja até mais eficiente sair pulando de galho em galho como um macaco no meio de uma floresta do que pular de telhado em telhado em Boston ou New York. No começo, é bem estranho, mas depois você se acostuma. Mas com certeza terá de reaprender a jogar.

O mapa é gigantesco, e com muito mais áreas selvagens do que urbanas. Felizmente é possível dar fast travel para alguns pontos se você não quiser ir andando - ou pulando - até as missões. Mas apesar de enorme, o mapa não é vazio, e tem várias missões secundárias, coisas para fazer e colecionar, além de pessoas para ajudar de diversas maneiras. Isso aumenta consideravelmente a vida útil do jogo, e faz com que você continue entretido mesmo depois de fechar a história principal.
E que história! É altamente recomendável jogar os outros games antes de AC3 para compreender o enredo todo. Mas é possível entender perfeitamente a história de Connor só com esse jogo. Ele é filho de um inglês com uma índia nativa da América, e cresceu como um índio. Porém seu vilarejo foi destruído e ele se tornou um membro da Ordem dos Assassinos, não só para proteger seu povo mas para lutar por justiça. Você não toma partido na guerra, mas eventualmente seus interesses coincidem com os dos revolucionários, dos britânicos ou até dos próprios templários.

Enquanto isso, no presente, Desmond corre contra o tempo para tentar salvar a humanidade do fim do mundo em 21 de dezembro de 2012, como vocês devem saber se já jogaram os anteriores. E essa aventura o leva a lugares como São Paulo - isso mesmo - Estados Unidos e Itália. E a nota 8,5 para a parte sonora é por causa da péssima dublagem em português nas cenas no Brasil. É um pouco polêmico, mas os estereótipos brasileiros são bastante aparentes nas mulheres com pouca roupa, porém não posso negar que eles conseguiram reproduzir bem cenários como uma estação de metrô - suja e depredada. Parece que nossa imagem no exterior não é das melhores mesmo...
E mesmo com esse review enorme, não deu pra falar tudo. Por exemplo, as estações do ano bem definidas e perceptíveis, que fazem com que no inverno seja mais difícil de andar por conta da neve. Além disso, existem muitas - muitas mesmo - referências e personagens históricos, que são explicadas com breves textos, que podem ser acessados no menu. Você não precisa ler, mas é bem interessante. E o mais legal é ver como conseguiram misturar a história real com a fictícia de uma forma natural, e relacionar aos fatos que estão acontecendo na história "presente" de Desmond. Infelizmente é impossível explicar o quão incrível é a história sem contar nenhum spoiler.

O modo multiplayer é bem semelhante ao dos outros jogos, mas com um modo cooperativo. Não posso falar muito porque não experimentei. Já as batalhas marinhas são bem legais, principalmente para um fã de Piratas do Caribe como eu. Você se sente o Jack Sparrow - Capitão Jack Sparrow, por favor - em meio aos bombardeios e náufragos.

Assassin's Creed III é um dos melhores jogos, não só de 2012, mas de toda a geração talvez. A Ubisoft reinventou a série, e apesar de alguns defeitos - como o Brasil estereotipado - o game não decepciona, e supera todas as expectativas que tinha criado. Tentei de verdade não dar 10, mas não tinha como. ACIII é a prova da evolução da franquia. O problema dos outros games da série eram a facilidade com que se fechava. ACIII resolveu esse problema ficando maior e mais difícil. E então, está pronto para inflamar a revolução?

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Deja Vú #48 - Summon Night: Swordcraft Story

Hoje, a sessão nostálgica do blog vai falar de um jogo que tem aspectos muito clichês e aspectos muito surpreendentes...


Summon Night: Swordcraft Story foi um jogo lançado em 25 de abril de 2003 para o saudoso Game Boy Advance considerado como um RPG de ação. Sendo produzida pela Flight-Plan e distribuída por uma das minhas empresas favoritas por conta da criação de Catherine e das séries Street Fighter e Persona, a Atlus. Em SN:SS você, que pode escolher ser homem ou mulher (no caso, o menino de azul na capa e a menina de vermelho ao lado dele) além de nomear seu personagem, é um Craftknight e é aí que o jogo fica diferente. Mas primeiro, vamos falar das partes comuns.

O sistema de combate é muito parecido com o de outro RPG chamado Tales of Phantasia, este lançado para o SNES e refeito no PSX, onde não existe a comum monotonia dos RPGs por turnos. Nele, se pode pular e atacar a mercê da rapidez do seu dedo dependendo da arma não existindo regragem na ordem dos ataques. Desse modo, você pode atacar seu inimigo, desviar dos seus ataques ou bloqueá los para não ser desmembrado e depois continuar atacando. Mas não pensem que o jogo é fácil. Nos andares finais, o combate fica muito mais estratégico e faz com que usemos muito nossa massa cinzenta. Para dar uma apimentada no combate, temos um parceiro no combate, chamado Summon Beast (sendo estes os outros 4 elementos presentes na capa) que podem ajudar muito encantando armas com poderes elementais e durabilidade aumentada, conjurando magias ofensivas e defensivas, fazerem com que você se mova mais rápido e regenerando seu HP.


A história é, infelizmente (ou felizmente, vai saber) clichê. Passa por muitas das esferas da "clichezice" como o pai famoso e fodã* que morreu pra salvar o mundo, ajudar os amigos burros que só se metem em problemas, ganhar um torneio que não esperava nem ter chance, chegando, finalmente, ao maior de todos eles que é salvar o mundo. Tem outros mas não é um post sobre clichês então paro por aqui. Pra compensar a história manjada, os personagens são
marcantes e cativantes e os diálogos engraçados e agradáveis além de interativos. Por exemplo, seu Summon Beast ou, em certa parte do jogo, existe uma conversa que define a personalidade e o sexo do herói que aparecerá logo a frente. 

Mas comecemos pelo começo. Wystern, a cidade onde se passa o jogo, está fazendo um torneio para eleger o novo Craftlord, já que, o pai do protagonista precisava ser reposto. Você, como o Craftknight iniciante que é como a maioria dos participantes, entra no torneio sem esperança de ganhar e vai passando luta por luta. No meio de toda essa bandalha, você é chamado a sala do seu mestre para ganhar seu Summon Beast. Algumas perguntas são feitas e dependendo das respostas, seu parceiro muda sendo, sempre, "coincidentemente" o mesmo que o seu pai teve. Entre as lutas, você tem a chance de ir buscar materiais em um labirinto colocado abaixo da arena onde são realizados os combates.


Mas essa conveniente localização tem explicação. Afinal, do que seu pai salvou Wystern? Ora, mas é claro que de Parista, o espírito do fogo que ficou bravinho pela ganancia dos humanos que tiveram a audácia de usar os poderes do fogoso para forjar armas. Acaba-se que no final, o previsível enredo entra em um ciclo vicioso, jogando você no circulo: vença a batalha do torneio > upe de nível e pegue materiais > forje armas > vença a batalha do torneio > upe de nível e pegue materiais > forje armas > vença a batalha do torneio > upe de nível e pegue materiais > forje armas... até o final do jogo, com a variação de, de vez em quando, ao invés de lutar no torneio, salvar seus amigos de uma enrascada. Isso ajuda mas não soluciona o problema. Ele, porém, não escurece o grande ponto positivo do jogo que alguns já deve até ter sacado. 

A grandessíssima variedade e principalmente o modo como se obtém as armas. Forjando-as. É para isso que se deve descer ao labirinto para pegar materiais. Desse modo, aos poucos com os moldes que seu chefe vai lhe dando e tendo os materiais certos, se conseguem novas armas. Adicionando um certo numero de minérios a arma é possível colocar um elemento nativo sem a necessidade de encantamento. Seu mascote determina quais dos 5 tipos de armas você pode encantar na hora da forja. São elas espada, machado, lança, punhos e brocas. Todos podem encantar espadas e mais dois tipos de arma. Além disso ainda existem os status...


Resumidamente, o ataque influencia o seu dano, a defesa, o dano recebido no modo de guarda, a agilidade sua rapidez com os pés e dos ataques, a durabilidade o quanto sua arma dura atacando e defendendo (status esse que é recuperado toda luta) e técnica, o mais complexo. Ela vai aumentando conforme você usa uma arma especifica chegando ao teto que varia de arma pra arma. Influencia basicamente toda a efetividade da arma, aumentando o quanto ela tira, o quanto reduz o dano, a velocidade dos ataques e, dependendo da arma, sua funcionalidade também. Na broca, por exemplo, aumenta o número de vezes que ela gira.

No geral, SN:SS obteve uma boa recepção da mídia obtendo um 7,4 da Gamespot, um 8,0 da IGN, um 7,6 de nota geral e um oitavo lugar nos jogos de 2003 do GBA. Vale a pena jogar, principalmente se você não se cansa fácil de um jogo. Se você cansa, ainda pode joga-lo mas em doses homeopáticas. O jogo obteve duas sequências, uma delas só no japão, que, além de notas melhores, soluciona muitos problemas do primeiro e mantem o mesmo sistema oferecendo uma experiência ainda melhor. Ótima pedida para fugir dos FPSs genéricos...


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Angry Birds: um simples joguinho de celular?

Na semana passada, eu falei sobre os smartphones estarem ganhando espaço no mercado de games, como vocês devem se lembrar. Não que eu esteja pretendendo fazer com que o Boteco Gamer vire um blog de celulares, e abandonar os consoles de verdade, mas hoje vou abordar outro assunto relacionado a esse tema. Você já jogou Angry Birds?
Para os jogadores mais hardcore - como eu - pode ser difícil aceitar a ideia de que um simples joguete de celular pode realmente ser considerado um game e estar no mesmo nível de títulos como Zelda, Final Fantasy, entre outros nomes de peso - e eu poderia ficar até amanhã listando esses nomes aqui. Realmente, Angry Birds não está nesse nível, e nem tem a menor pretensão de estar. Entretanto convenhamos que essa série vem ganhando muito destaque.

O que começou com um joguinho bobo - porém viciante - de atirar pássaros em porcos ganhou o mundo com milhões e milhões de downloads. Depois do estrondoso sucesso, começaram a surgir outras versões do jogo, mas sem muita novidade. Até que a Rovio percebeu que precisava reinventar a série para se manter no topo, e então surgiu Angry Birds Space.
Quem jogou Super Mario Galaxy vai reconhecer os efeitos da gravidade aplicados a pequenos planetas. O game se utilizou dessa mecânica para criar puzzles mais complexos, mais divertidos e mais viciantes, e como consequência, teve milhões de downloads. Claro que é mais fácil para um jogo gratuito alcançar esses números do que pra um game de console que custa 179 reais no lançamento, mas não se pode negar que esse sucesso é notável.

Tão notável que recentemente foi anunciada a parceria entre Rovio e Lucasarts para conceber Angry Birds Star Wars. O jogo foi lançado na semana passada e já é um sucesso incrível. Até esse humilde blogueiro que vos escreve já jogou - e fechou todas as fases gratuitas. Posso dizer que essa série vem me surpreendendo a cada novo lançamento, e provando que simplicidade pode ser sinônimo de genialidade.
Estamos numa época na qual os games estão ficando cada vez mais complexos, com gráficos incrivelmente realistas, roteiros hollywoodianos, mapas gigantescos para explorar e acabamos nos esquecendo que nem sempre é preciso disso tudo para se divertir. É só olhar para o passado e lembrar de jogos como Pac-Man, Tetris, Space Invaders, que eram geniais apesar de sua superficialidade. Não quero comparar Angry Birds com nada disso - longe de mim cometer uma heresia dessas.

Porém é importante reconhecer que essa série vem evoluindo e tendo jogos cada vez melhores. Não é possível não se divertir jogando Angry Birds. E é bem provável que novas parcerias apareçam em breve. Já pensou em Angry Birds Pirates of the Caribbean? O que é fato é que esse não é apenas um joguinho de celular. O céu é o limite - ou não, afinal os passarinhos já estão numa galáxia muito distante...

sábado, 10 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Píxels da Semana #110

Mais uma edição do seu noticiário semanal gamístico chega quentinha do forno!

-GTA V será maior que Red Dead Redemption, GTA IV e San Andreas.... JUNTOS! Pelo menos é o que a Rockstar diz. E o game contará com três protagonistas, um mapa gigantesco, missões geradas aleatoriamente, e muitas outras coisas para aumentar o replay.

-PS3 vai ser fabricado no Brasil a partir de 2013. Brasil-sil-sil!

-Need For Speed vai virar filme!

-Bethesda pede paciência aos donos de PS3 e diz que DLC de Skyrim para o console está próxima.

-Assassin's Creed III vendeu 3.5 milhões de unidades na primeira semana, mais de 100% acima das vendas de AC: Revelations, do ano passado! Podem ter certeza que muito em breve, vocês terão um review desse jogaço aqui no Boteco Gamer. (Jogaço que já está no console deste humilde blogueiro que vos escreve)

-Watch Dogs será lançado em 2013, segundo a Ubisoft!

Lançamentos da Semana
Playstation 3
-LittleBigPlanet Karting
-NASCAR The Game: Inside Line
-Dragon Ball Z Budokai HD Collection
-History Legends of War: Patton
-Midway Arcade Origins

Xbox 360
-Halo 4
-Mass Effect Trilogy

-NASCAR The Game: Inside Line
-Dragon Ball Z Budokai HD Collection
-Midway Arcade Origins

Wii
-PES 2013
-NASCAR The Game: Inside Line
-Nickelodeon Dance 2

DS
-Poptropica Adventures
-Dora & Team Umizoomi's Fantastic Flight
-Come On! Dragons
-Bubble Guppies
-Jewel Master: Cradle of Egypt 2

3DS
-Rayman Origins
-Harvest Moon 3D: A New Beginning

Vita
-History Legends of War: Patton
-When Vikings Attack!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Preparado Para o Black Ops II? Não? Aqui você vai ficar!




Sim, sim, sim. Eu sei que eu disse que eu iria trazer reviews e você que está lendo este post deve estar pensando: "Caramba! Tô esperando uma review e esse cara vem fazer uma simples prévia?" Sim. Vou fazer uma prévia. Até porque o companheiro Rodrigo já se encarregou de escrever uma excelente review e eu estou um tanto quanto muito ansioso por este jogo que promete ser o Call of Duty com mais mudanças e novas features desde Call Of Duty 4: Modern Warfare. Esse texto tem potencial de ficar longo, até porque quero fazer questão de expor todas as novidades que este game vai apresentar em seus três âmbitos: Campanha, Multiplayer e Zombies. Vamos começar pelo que é mais importante em um jogo (ok, forcei a barra, não para os FPSs):


Modo Campanha


Bem, este é o modo que eu estou menos ansioso. Não que eu não esteja, mas estou menos. Não tem como não estar ansioso. Afinal, a campanha promete algumas novidades bem interessantes. Um pequeno adendo: O roteirista da campanha também trabalhou nos roteiros dos últimos filmes do Batman, incluindo The Dark Knight Rises e declarou que a campanha de Call of Duty: Black Ops II é melhor do que qualquer filme de ação lançado ultimamente. A campanha terá viagens no tempo. Você controlará soldados de guerras passadas e a campanha é datada entre anos 80 e 2025. A campanha também trará um modo de escolhas. Elas aparentemente não influenciarão no final do game, mas sim nas outras missões que você fará, determinadas atitudes pularão determinadas missões. A campanha promete e não será um mero "modo de jogo alternativo" como vem sendo nos últimos Call of Dutys. 

Modo Multiplayer

Sem dúvida alguma o maior atrativo da série. Este ano o modo multiplayer irá inovar com um sistema que foi batizado de Pick 10. Com este sistema você terá dez pontos para distribuir livremente por suas armas, granadas, perks e attachments, assim tornando-se praticamente impossível que dois jogadores apareçam com um setup idêntico em uma jogatina.



Outro sistema novo que será posto em prática são os score-streaks, estes que serão o novo método de se conseguir recompensas ao longo da partida. Antigamente, só tinha como conseguir alguma recompensa (radares, helicópteros de ataque etc.) matando um oponente. Mas em BO2 você conseguirá mais pontos por cumprir objetivos específicos de uma partida, tais como capturar bandeiras, desarmar bombas, essas coisas de guerra.


Modo Zombies

Um dos modos de jogo mais queridos da série vai voltar. Obviamente com seres que mancam, procuram carnes e cheiram podridão pura. O modo zombies vem para competir com o multiplayer, até porque vai utilizar a engine do mesmo. Este ano, vamos poder contar com dois modos novos de jogo:



Transit - Para quebrar a mesmice que era o modo zombies até o Black Ops, a Treyarch decidiu criar um modo novo onde você poderá estar em um mundo aberto (cujo o mapa promete ser MUITO grande) com zumbis ansiando pelo seu cérebro. Incrível, não? Neste modo você terá um ônibus o qual você poderá utilizá-lo para transitar (transitar, modo transit, entendeu?) pelo mapa e (tentar) escapar dos zumbis.

Grief (4 Z 4) - Um modo de jogo interessantíssimo! Neste modo você terá dois times de jogadores lutando pela sobrevivência contra os zumbis. O curioso é que não será possível os jogadores lutarem entre si. Cada time terá que armar emboscadas para que os oponentes acabem trombando com os zumbis.

Além destes dois modos, o modo Survival clássico estará de volta para os amantes dos zombies.



No mais é isso aí. Meu proximo post será a review do Black Ops 2. Estou colocando todas as minhas expectativas neste jogo e torço para que ele não desaponte. Até mais, galera!!




quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Deja Vú #47

Hoje a sessão nostálgica do blog vai resgatar um game que poucas pessoas conhecem...
Lançado em 1993 para Super Nintendo, Mega Drive e posteriormente para Game Boy Advance, Rock n' Roll Racing tem um título auto explicativo: é um game de corrida com trilha sonora de rock! O jogo foi desenvolvido pela Silicon & Sinapse, que hoje é conhecida como Blizzard. Sim, a produtora de Diablo, World of Warcraft e Starcraft!

Cada corrida tinha 4 carros, e até duas pessoas podiam jogar. Os competidores possuem um vasto arsenal de munições, e se atacam o tempo inteiro no maior estilo Mario Kart. Os veículos têm um certo tipo de HP, que pode ser perdido de várias formas, como por causa de colisões, ataques diretos ou obstáculos na pista.
É possível customizar seu carro, ou comprar outro usando o dinheiro ganho nas corridas. Além disso, existem seis personagens normais e um secreto, que pode ser destravado com um código. Os gráficos do jogo são medianos para a época, e a visão isométrica pode parecer estranha para um game de corrida, mas garante uma vista geral em torno do carro.

O game foi feito como uma sequência de RPM Racing, mas acabou tendo várias versões instrumentais de clássicos do rock licenciadas, e se tornou Rock n' Roll Racing. O destaque principal do jogo fica para a trilha sonora com músicas como Paranoid, do Black Sabbath, Highway Star, do Deep Purple, Born To Be Wild, do Steppenwolf, entre outros clássicos.
Rock n' Roll Racing não é muito conhecido, mas é um excelente game, e foi eleito o melhor jogo de corrida de 1993 pela EGM, e recebeu uma sequência para o Playstation, que não fez tanto sucesso por se diferenciar muito do antecessor e não ter uma trilha sonora tão notável. Mas para quem é fã de games antigos, fã de jogos de corrida e fã de rock, é um prato cheio!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Boteco Filmes #6 - A eterna “Sociedade dos Poetas Mortos”


Eai pessoal! Hoje é dia de falar de um filme muito especial e que tenho muito carinho.
A história sensacional deste filme se passa na década de 80, na Academia Welton, uma escola de segundo grau extremamente conservadora, que limita os jovens a receberem uma educação severa, rígida, sem métodos que estimulam o jovem a aprender, além de punições severas que chegam até a castigos físicos. A escola têm quatro princípios básicos que expressam bem esse perfil: “tradição, honra, disciplina e excelência”.

 
Dead Poets Society (Sociedade dos Poetas Mortos- pt)
Lançamento – 1989 (128 min).
Dirigido por -  Peter Weir.
Estrelando – Robin Williams, Ethan Hawke, Robert Sean Leonard.
Gênero – Drama (grandes doses de comédia).
País: Estados Unidos


É o inicio de mais um ano letivo, com um novo professor de Língua Inglesa e Literatura, John Keating (interpretado por Robin Williams). Em sua primeira aula seus métodos nada conservadores já surpreendem os alunos já acostumados com aulas maçantes e sem graça. Com um jogo de palavras incríveis, dinâmicas de grupo, envolvendo poesias, encenações e carinho este professor inspira nos alunos o verdadeiro pensamento crítico, desenvolve neles uma capacidade incrível de mostrar o potencial de cada um, e deixa de lado qualquer tipo de tentativa de tentar tornar a literatura uma arte “exata”, que possa ser medida e regrada.

Cada aluno reage de uma forma, uns com muito receio, outros mais adaptativos e outros até muito perplexos com as novas metodologias. Em certa altura do filme, o professor conta ao grupo de alunos que é mais próximo que quando era estudante, naquela mesma escola, se reunia com seus colegas em uma caverna, nos bosques próximos da escola, para ler poesias e obras de grandes artistas (A sociedade dos poetas mortos). Lá ocorria a verdadeira apreciação da literatura. Como ele mesmo diz, “as palavras saiam de nossa boca como mel a gotejar”. Os alunos, inspirados por ele, revivem a sociedade.
No início das reuniões, eram sempre ditas essas palavras:
“Fui para os bosques viver de livre vontade,
Para sugar todo tutano da vida.
Para aniquilar tudo que não era vida
e para, quando morrer
não descobrir que não vivi"
Henry David Thoreau
No filme são citados muitos nomes importantes da literatura, como  Byron, Henry David Thoreau, Walt Whitman e William Shakespeare. Também vemos durante toda a narrativa a presença da ideia do “Carpe Diem” (Aproveitar cada instante da vida), ideia literária presente em textos de todas as épocas, e que são metaforizados na obra de forma excelente.
Uma escola tão conservadora não veria, logicamente, a sociedade como algo positivo, muito menos se soubesse dos métodos do professor. O desdobramento dessa história acaba em um fim trágico para muitos dos personagens. Mas não vou contar tudo aqui, assistam que vale a pena, e se maravilhem com esse inesquecível filme!
Trailer:

O filme está disponibilizado no youtube em várias contas diferentes. Só acessar e conferir!
O que o filme nos deixa
Essa obra prima do cinema nos mostra que todos temos um espírito artístico e com um potencial enorme, mas que muitas vezes é suprimido pelas formas que a sociedade nos conduz pelo caminho da obtenção do conhecimento. Nos faz perceber que a manifestação humana também reflete seus sentimentos, dores, alegrias e dúvidas, seja na literatura, em uma conversa ou até em um simples gesto. Também tem seu lado instigador, de não aceitar nada que nos é dado a fim de nos tornar alienados e sem senso crítico. Propõe uma nova forma de se pensar e transformar vidas. Propõe mudanças.
“Voltarão a aprender e a pensar por vocês próprios, aprenderão a saborear palavras e linguagem. […] As palavras e as ideias podem modificar o mundo” John Keating
Por Lucas Fiaschetti Estevez



















segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Portáteis e celulares

O mundo da tecnologia evolui de maneira assustadoramente rápida. Grande parte dos eletrônicos da sua casa nem existiam 10 anos atrás, e hoje você não se imagina sem eles. Cinco anos atrás, os smartphones eram um luxo reservado a poucos, enquanto atualmente são muito acessíveis, e pra todo lado que você olha, vê alguém com um Galaxy, Xperia ou um iPhone. E muitas pessoas já os utilizam como plataforma de jogos.
A popularização dos smartphones trouxe mais um concorrente no mercado de games. Hoje é muito lucrativo desenvolver aplicativos e jogos para celular, e até mesmo empresas como Sega, Ubisoft e Activision possuem vários games para smartphones. As plataformas abertas como Android e iOS, aliados aos processadores incríveis dos novos aparelhos possibilitaram o crescimento de um nicho de games bastante atraente.

Os gamers mais conservadores torcem o nariz quando ouvem falar de jogos como Angry Birds, e rotulam como casual. Mas se for parar pra pensar, jogos casuais se encaixam perfeitamente em uma plataforma portátil, afinal nem todo mundo vai querer zerar Final Fantasy no celular, mas é muito divertido passar alguns minutos jogando Fruit Ninja. Enquanto os portáteis como 3DS e Vita se especializaram e games pesados, os smartphones se tornaram uma excelente alternativa para quem quer apenas matar o tédio numa fila de banco sem compromisso.

Não estou querendo comparar a qualidade de um jogo para portátil com um de celular. São mundos completamente diferentes, não há como comparar um Zelda Phantom Hourglass com Temple Run. Mas a praticidade que o smartphone trouxe e a acessibilidade dos seus jogos - muitos deles, gratuitos - acabou desencorajando algumas pessoas a comprar um portátil por poder jogar no celular e não precisar carregar dois gadgets no bolso.

Não creio que os portáteis possam ser extintos ou que estão sendo prejudicados com a entrada dos celulares. Entretanto o que antigamente só rodava o "joguinho da cobrinha" hoje já pode competir de igual pra igual com 3DS e PS Vita. Ok, de igual pra igual não... mas será que no futuro isso não será possível?

sábado, 3 de novembro de 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Píxels da Semana #109

Mais uma edição dos Píxels da Semana está aqui, para trazer as notícias do mundo dos games!

-PS3 vai receber pacote com a trilogia de Mass Effect!

-O "Orbis", codinome do Playstation 4, pode estar sendo apresentado a alguns desenvolvedores pela Sony! Segundo rumores, o console terá um processador AMD A10 APU, 256GB de HD, Blu-Ray, Ethernet, HDMI, Wi-Fi e tudo que tem direito... supostamente a interface será reformulada e ficará mais funcional e prática.

-Quem fizer a pré-venda de Crysis 3 vai ganhar uma cópia do primeiro jogo da série! Resta saber se por aqui isso também vai valer...

Lançamentos da Semana
Playstation 3
-Assassin's Creed III
-Need For Speed: Most Wanted - A Criterion Game
-Rockstar Games Collection: Edition 1
-Okami HD
-WWE '13
-Sports Champions 2
-Zone of the Enders HD Collection
-Toy Story Mania!

Xbox 360

-Assassin's Creed III
-Need For Speed: Most Wanted - A Criterion Game
-Rockstar Games Collection: Edition 1
-Marvel Avengers: Battle for Earth
-WWE '13
-Zone of the Enders HD Collection
-Toy Story Mania!
-Nike + Kinect Training

Wii
-WWE '13
-Wreck-it Ralph
-Transformers Prime: The Game
-Karaoke Joysound Wii

DS
-Thundercats
-LEGO The Lord of the Rings
-Winx Club: Magical Fairy Party
-Transformers Prime: The Game
-Moshi Monsters: Moshlings Theme Park
-Wreck-it Ralph
-Bratz: Fashion Boutique
-The Trash Pack
-Lalaloopsy: Carnival of Friends
-Cake Ninja 2

3DS
-Professor Layton And The Miracle Mask
-LEGO Lord of the Rings
-Transformers Prime: The Game
-Wreck-it Ralph
-Bratz: Fashion Boutique
-The Trash Pack
-Moshi Monsters: Moshlings Theme Park

Vita
-Assassin's Creed III: Liberation
-Need For Speed: Most Wanted - A Criterion Game
-Ragnarok Odyssey
-LEGO Lord of the Rings


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Minha história com o Game Boy

OLÁ AMIGOS! Acho que vocês já se acostumaram com o fato de meus posts terem sempre alguma relação com videogames datados (especialmente os da Nintendo dos anos 90, diga-se de passagem). Enfim, essa semana eu fui lá fazer o número 2 (ah vá, todo mundo faz!) e resolvi por acaso pegar meu Game Boy pra jogar. Quando liguei, resolvi relembrar meu bom e velho Pokémon Crystal, e por acaso me lembrei de uma situação semelhante, aquela a qual eu zerei o mesmo jogo sentado no trono.

Não sou eu viu, por via das dúvidas!
Enfim, vamos ao que realmente interessa. Todo esse negócio de ir jogar Game Boy de novo me fez lembrar de como era legal ter o bichinho. Aliás, lembro até hoje de quando eu ganhei - ano novo de 2001/2002 - foi algo muito marcante.
Não sei bem quando eu ouvi falar pela primeira vez do Game Boy, mas em um belo dia de 2001, meu primo, Danilo, apareceu com um Game Boy Color roxo na casa da minha avó. Lembro de ter de dividir com ele o console pra jogar - e de ter tempo menor de jogo, afinal, não era meu. Já fiquei com vontade de ter um. Bastou meus colegas da escola terem também (aliás, um deles com o recém-lançado Game Boy Advance, um branco, que joguei Super Mario Bros. 2 nele) pra eu ter mais vontade ainda. Até que meus tios viram o olho gordo que eu tinha no GB do meu primo que me deram um de fim de ano, um verde (quando fiquei mais velho me questionei inconformado o fato de não ter ganho um Advance, mas deve ter sido pelo preço e pra não dar diferença entre os dois pivetes. + não ligo mais, meu Color foi sensacional). Ah, mas aquilo me deu diversão viu... Era Color pra todo lado - casa da vó, escola, viagem, casa do primo... Foi assim que conheci Pokémon, Tetris, Super Mario Land, Motocross Maniac, Tennis, Alley Way e mais zilhões de jogos sensacionais.

Engraçado, nunca conheci alguém que tinha o vermelho
E não era só eu e meu primo que tinha Game Boy não, todo mundo tinha. Sério, tipo todo mundo. O melhor era em alguma viagem, que sempre tinha alguém que tinha um cabo link (que só fui ter beeeeeeeem mais tarde) e dava pra "jogar de 2", ou melhor, batalhar no Pokémon. HEH E trocar, lógico! Numa dessas um japinha me deu o Mew que tenho na minha Crystal, mas isso é outra história.
Eu comprei meu Color tardio, o Advance tinha acabado de ser lançado. A retrocompatibilidade do Advance fez com que eu não me sentisse datado, mas não demorou muito pra acontecer. Em 2003 esse mesmo primo comprou o Advance dele e abandonou o coitado do Color. Logo, surgiram os Pokémons da 3° geração e todos os outros jogos incríveis e modernos da fitinha pequena, todos que não podia jogar (de forma alguma, aliás: não tinha condições de comprar outro Game Boy). Ainda assim, meu primo (e o outro que comprou um Advance também, pra variar) jogavam fitas de Color comigo. Altos tempos de zerar a Crystal e a Gold com o Danilo!
Os anos passaram, 2005 e minha vontade de ter um DS chegou, 2006 e minha expectativa de comprar um DS chegou. Você pensa "Bah, ele comprou o DS e deve ter abandonado o Color". Que nada! Passei a levar o Color direto pra escola (já que não tinha coragem de levar o DS), entusiasmando meus amigos a levarem também e formar um grupinho de Colors, Advances e Advance SPs só na nostalgia! Hahahaha Sem contar também o fato de eu finalmente ter comprado um cabo link em 2006, possibilitando a jogatina entre eu, Danilo e outros amigos!


Ok, admito, o tempo passou e meu Color foi ficando cada vez mais abandonado, chegando ao ponto de não ser jogado entre 2009-2010, quando nem DS eu jogava muito, dei uma esquecida nos videogames. Mas bastou meus amigos voltarem a jogar Pokémon que recuperei os dois e voltei a curtir games como antes.
Ainda hoje, mesmo com um 3DS e seu Virtual Console em mãos, pego meu Game Boy Color pra uma jogatina aqui e ali (incluindo o banheiro, como eu já disse). Afinal, não há nada que supere a jogatina no original, não? Se você tem um GB abandonado por aí, pegue-o, troque as pilhas e dê uma jogadinha. Você vai ter boas memórias e prazeres, te garanto.
Te desafio pra 1x1 no Tetris, topa? Hahaha!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Checkpoint #32

Mais um mês se passou, e aqui está novamente a sessão de recados do blog!

-Não deixem de escutar e baixar o CD demo da banda DustUp!

-Sigam o Boteco Gamer no twitter e curtam no facebook!

-O nosso novo parceiro, Ready Plays, está realizando um sorteio! Não percam a chance de participar...

-Outubro teve 3900 acessos, e o blog chegou a um total de 84500! Obrigado a todos os leitores!

-A enquete desse mês queria saber qual o jogo mais esperado do fim do ano, e o vencedor foi Assassin's Creed 3, com 38% dos votos, seguido de perto por Black Ops II, com 33%. Podem ter certeza que esses dois games terão seus respectivos reviews nas próximas semanas!

-Respondam a enquete desse mês: você vai comprar o Wii U no lançamento ou prefere esperar os consoles da próxima geração pra se decidir?

-Destaques de outubro:

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Review #41 - Catherine

Há pouco tempo foi lançando um jogo que, é, digamos, inusitado. Se considerarmos todos os fatores que formam Catherine misturamos um bocado de estratégia que existe na hora de resolver os puzzles, uma boa dose de RPG usado para as escolhas e modificar o final, ovelhas (Sim, ovelhas), uma pitada de terror e suspense nos bosses e escaladas e uma dose significante de erotismo na hora do... deixa pra lá. É importante destacar  que apesar de não ser um jogo para crianças, o Boteco Gamer é um blog de família e portanto não faria o review de um jogo com pornografia o que não é o caso de Catherine... ou será que é?



Ficha Técnica

Produtora: Atlus Software
Desenvolvedora: Atlus Persona Team
Gênero: RPG/Puzzle/Terror
Data de Lançamento: 26 de junho de 2011
Plataformas: PS3, X360

Apresentação: 10
Gráficos: 10
Som: 9,0
Jogabilidade: 9,5
Diversão: 9,5
Replay: 10

NOTA: 9,5

Se você é diferente do resto da humanidade e lê a ficha técnica (tirando as notas), pode ter percebido que o time que fez Catherine, na verdade é o mesmo time que fez Persona. Para os que não conhecem, a série que começou no PS1 e começou a ter um ótimo publico no PS2 e ganhou uma boa reputação com Persona 3 e 4. A série fez sucesso o suficiente pra ir para a 3ª geração seguida, com o anúncio que estão desenvolvendo a 5ª parte para PS3 e X360. Esse é um ponto positivo para quem conhece e gosta da série pois alguns elementos são mantidos. Fora isso, para quem não conhece a série, existe a vantagem de os desenvolvedores já se conhecerem e terem mais química do que se fossem completos desconhecidos. Agora, ao jogo.

A apresentação é macabra e magnifica ao mesmo tempo. Os menus tem um estilo meio borrado que combina exatamente com o que é o jogo. Além disso, não são muitos nem poucos, apenas o suficiente pra te levar aonde você quiser em poucos cliques sem te confudir. Além disso, a primeira tela do jogo já te mostra um pouco como ele será.



Falando um pouco sobre a história, o homem com chifres é Vincent Brooks, sua materialização no jogo. Apesar de ele estar com os chifres, a corna na verdade é a mulher logo acima dela, esta chamada Katherine, namorada de longa data de Vincent. O protagonista é um cara desencanado que acha que tudo está bem do jeito que está e se sente muito pressionado e um pouco em panico quando ela traz a tona, indiretamente, o assunto casamento. No meio de todo esse vendaval, surge Catherine, a linda e sensual mulher de cabelos louros na capa do jogo. Ela, indiscriminadamente se joga em cima de Vincent e ele no meio do turbilhão acaba aceitando um pouco a investida dela. Ele é então, com um blecaute em sua memória, jogado pelo segundo dia seguido em um sonho estranho onde ele tem que subir... blocos.

Blocos, blocos everywhere.
Na parte do gameplay existem algumas rebarbas que precisariam ter sido melhor aparadas. Como por exemplo, se mover por trás dos blocos ou de vez em quando alguns problemas com a câmera. Mas no geral ele não deixa a desejar e consegue com que você saiba como jogar e não tenha todas as soluções na mão. No geral, você tem de subir uma enorme pilha de blocos e chegar as landings ou a porta final para sair do sonho e acordar. As landings são espaços entre as paredes de blocos onde se pode salvar, comprar itens para auxiliar a subida, conversar com outros presos no sonho e responder perguntas que influenciam o final do jogo. Voltando a parte dos puzzles, Vincent só pode subir um bloco por vez (a não ser que ele esteja com um item especial) e isso força o jogador a tentar formar um caminho usando os miolos para continuar a escalada. Não sair nunca do sonho por não conseguir descobrir a solução para os desafios propostos já seria um mal ruim o suficiente mas para piorar a situação do protagonista os blocos vão caindo aos poucos gradativamente de baixo para cima. Isso significa que caso você não descobra a solução rápido o suficiente será morto. Para deixar tudo ainda mais desesperador, para sair de vez do sonho ao final de cada série de paredes e landings, uma deformação da historia do protagonista aparece para atormentar Vincent e a nós podendo o matar mesmo que os blocos não tenham caído. Isso tudo com uma pitada de terror que deixa tudo mais gostoso no final.

No jogo, você alterna entre dois ambientes. Os pesadelos e o bar Stray Sheep. Nele você pode beber com seus amigos, conversar com eles e com outras pessoas no bar. Isso é mais útil do que parece ser. Além disso, usando as mecânicas dos sonhos, existe um arcade chamado "Rapunzel" em referencia exatamente ao conto de fadas. Nele o herói, tem de criar um caminho para alcançar a donzela e resgata-la. Não é obrigatório  mas é divertido além de difícil  Além disso, você pode trocar as músicas do bar em uma Jukebox. Nela, existem varias de outros jogos da Atlus.

Caso queiram ver a parte do bar pulem para 09:24.

Na questão estética, existe um ponto apenas a reclamar. A dublagem alterna bons e maus momentos e poderia ter sido feita com mais esmero. Ver os vídeos de gameplays japoneses também me deixa triste em perceber como a dublagem lá é muito mais autentica e bem feita. Afinal, é a terra dos animes, né? Se deixarmos isso de lado não existem reclamações. Seguindo o mesmo estilo de Persona nos gráficos, ele alterna entre um gráfico 3D na maior parte do jogo e em estilo animes em algumas cutscenes. Todas muito bonitas e impecáveis. Além disso, as músicas acompanham o tom do jogo dando o toque final na parte do terror e suspense.

O replay dele também é ótimo já que alem dos vários finais (8 no total), ele é um jogo que desde que você não trapaceie vai durar em torno de 30 a 40 horas. Ainda existem um certo tipo de sidequests. As conversas no bar não são inúteis  Conversando com as pessoas no bar, nas landings e dando as respostas certas, você pode salva-las de serem mortas pela imperdoável escalada. Para melhora-lo, existe ainda um modo com quatro puzzles gigantescos sem relação com a história onde rankings mundiais comparam seu tempo com o de outros jogadores. Além disso, existe um modo para 2 players que também funciona muito bem e é divertido.

Na parte final do Review, deixo duas ressalvas. A primeira mais excludente é que Catherine é, como vocês talvez tenham notado, é um jogo para homens. Desde o jeito como você escolhe boa parte do que o protagonista diz ou conversa até as partes com Katherine ou Catherine foram feitos para serem controlados por um homem. Isso não exclui as mulheres, mas acredito que seria estranho jogar algo pensado para os homens. A outra mais contundente é que Catherine, mesmo no modo normal de jogo (existem ainda Easy e Hard), não é uma caminhada no parque e é altamente desrecomendado para quem não gosta de puzzles. Além disso, é preciso ter paciência. Tomei um pau boa parte do jogo até pegar o jeito. Por ultimo, quero deixar bem claro que a parte onde falo de pornografia no começo do review é uma brincadeira já que ele realmente não tem pornografia. Só algumas imagens mais picantes. Se você gosta de puzzles, Catherine é feito pra você.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Píxels da Semana #108

Essa semana os píxels demoraram pra ser postados porque este humilde blogueiro que vos escreve estava viajando, mas agora o Boteco Gamer voltou a todo vapor!

-Possíveis posters de GTA V dão a entender que o game será lançado no começo de 2013!

-Need For Speed: Most Wanted confirmado para Wii U!

-GTA: San Andreas deve ser lançado na PSN, e Vice City vai para iOS e Android!

-Segundo Satoru Iwata, presidente da Big N, o Wii U vai vender bem nesse fim de ano de acordo com as pré-vendas que já obteve!

-Assassin's Creed 3 é o jogo com mais pré-vendas de toda a história da Ubisoft, quebrando o recorde que era de AC Revelations!

Lançamentos da Semana
Playstation 3
-Medal of Honor: Warfighter
-The Unfinished Swam
-Killzone Trilogy
-Cabela's Dangerous Hunts 2013
-Naughty Bear: Double Trouble

Xbox 360
-Forza Horizon
-Medal of Honor: Warfighter
-Cabela's Dangerous Hunts 2013
-Skylanders Giants
-Just Dance: Disney Party

Wii
-Cabela's Dangerous Hunts 2013
-Skylanders Giants
-Just Dance: Disney Party

DS
-18th Gate

3DS
-Liberation Maiden
-Zero Escape: Virtue's Last Reward
-Adventure Time: Hey Ice King! Why'd you steal our garbage?
-Skylanders Giants

Vita
-Street Fighter x Tekken
-Smart as...
-Zero Escape: Virtue's Last Reward
-Super Monkey Ball: Banana Splitz

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Review #40 - Rocksmith

Yeah, yeah, yeah, yeah!!!! Chegamos a nossa quadragésima review!! Que, por coincidência é a review de número 40!


Pois é, quarenta análises de games pra vocês. Isso é um marco. Nunca na história desse país um blog foi tão foda (e um redator tão puxa-saco). Mas hoje eu trago para vocês a review de um dos dois games que atingiram a perfeição pra mim (o outro foi Devil May Cry 3). Este game é Rocksmith! Vamos para a review!!
PS.: Ao longo do texto aparecerão links para grandes músicas do rock mundial. Aconselho que vocês cliquem e assistam todos os vídeos. Vale a pena!

Ficha Técnica:


Produtora: Ubisoft San Francisco
Distribuidora: Ubisoft
Gênero: Música
Data de Lançamento: 18 de Outubro de 2011
Plataformas: X360, PS3 e PC

Apresentação: 10
Gráficos: 9,5
Som: 10
Jogabilidade: 10
Diversão: 10
Replay: 10

NOTA: 10




Para os que não sabem, eu sou vocalista e guitarrista da banda DustUp. Que você pode escutar, seguir e fazer favores sexuais curtir aqui. E como guitarrista, aprecio muito a ideia de jogos de música tais como o extinto Guitar Hero e o Rock Band. Porém, Rocksmith alcançou um nível superior. Você pode plugar a sua guitarra no seu console (ou PC) e jogar! Esse fator gerou uma expectativa natural em cima do game antes mesmo do seu lançamento e os roqueiros gamers (como eu) estavam ansiosos para o lançamento do jogo.



O game foi lançado e não decepcionou. Ele traz sucessos de bandas renomadas como Rolling StonesNirvanaRed Hot Chili Peppers e Lynyrd Skynyrd. Começando com a apresentação, esta que te ensina os básicos da guitarra, como o que é uma nota, um acorde etc.


Jogos de música são um dos poucos gêneros que não são alvo de "Graphic Whores" (aqueles que acham que um game só é bom com gráficos que emulam a vida real). Porém, Rocksmith tem gráficos muito bonitos. Não são o ponto forte do game, mas eles não te dão a sensação de você estar jogando um game da idade da pedra.

O som é completamente indispensável em um jogo de música, concorda? Afinal, como você vai tocar guitarra sem som? O único problema do game é que se você não tiver um home theater, você vai sofrer um pouco com o lag, mas nada que acabe com uma boa jogatina musical.


Já deve imaginar o quão orgásmica é a jogabilidade. Ela é tudo que você imaginou e um pouco mais. Não tem como explicar a sensação de plugar a própria guitarra no console e sair tocando as músicas do game. Esse é daqueles momentos que você agradece por ser um gamer, é muito demais.

O game não te deixa entediar. Não quer tocar as músicas? Ok! Você tem minigames que te ensinam algumas técnicas específicas de guitarra. Desde como lidar com as mais diversas escalas até decorar os acordes mais cabulosos.


Se vale a pena comprar o jogo? Valeria a pena mesmo custando o preço de um console. Se você pensa em gastar com aulas de guitarra, compre o Rocksmith! Com ele você aprende, se diverte e vira o próximo Slash! Rocksmith é obrigatório para os que curtem games e música! Até a próxima e curtam a enchurrada de links de músicas. Acreditem, eles valem MUITO a pena serem assistidos! 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Boteco Filmes #5 - Da ficção ao mundo real: O poder da sétima arte

E ai pessoal! Hoje o post vai ser diferente. Não vou falar de um único filme, mas sim sobre o cinema em si, uma reflexão breve mas muito importante para entendermos a 7º arte.
Desde que o cinema foi criado, com os primeiros projetores ainda gigantes e super complexos, no início do séc. xx essa arte ganhou o fôlego que nunca mais ia perder. Iria fazer o público chorar, rir, se divertir ou refletir sobre sérios problemas de nossa sociedade. E é ai que o cinema ultrapassa as telinhas.
Há um relato curioso durante os anos iniciais do cinema. Em uma pequena mostra  de um rústico filme, era exibido uma locomotiva em ação, se dirigindo à câmera. O filme não fez sucesso. Todo o público saiu correndo da sala de exibição, com medo de serem atropelados pelo trem. Parece algo muito infantil, mas tente imaginar quão nova era essa tecnologia para a época.


Com a difusão do cinema foram surgindo os grandes estúdios, os famosos centros de exibição, atores renomados e uma indústria cada vez mais lucrativa. A arte de filmar e ser filmado passou a ser mais complexa. O cinema mudo reinou como único nas épocas em que fez sucesso. A captação do som se tornou possível, e a febre por filmes cresceu. O terror, o romance e o drama eram os gêneros mais feitos, mas uma semente de crítica social foi nascendo, se concretizando em nível mundial com as críticas duras e muito bem feitas do mestre Charlie Chaplin, como em “Ouro de Tolo”, em que mostrava as duras condições dos mineradores da febre do outro americana, “Tempos Modernos”, criticando a modernização e o consequente abuso da força trabalhadora e “O grande ditador”, a primeira grande produção cinematográfica a destruir ao nível cômico a figura de Hitler.

         O nascimento                                                 
“O Nascimento de uma Nação” e “Arquitetura da Destruição”. Ambos defendiam ideologias de segregação e repressão. O primeiro defende a comunidade branca americana, mostrando A Ku Klux Klan como defensora da paz. O segundo, mostra as supostas vantagens e glórias do Nazismo.
O cinema passou a ser uma arma de instrumento social, político e cultural. Além das ficções que já eram comuns, os filmes passaram também a serem uma grande propaganda. Durante o regime Nazista, Hitler se utilizou muito da 7º arte para propagar os benefícios de seu regime, como em “Arquitetura da Destruição”, a maior propaganda de apologia ao nazismo já feita. Do outro lado da Europa o governo Soviético também investia em filmes para mostrar o quanto o socialismo deu certo, embora sua população sofresse severas privações de alimento e condições básicas durante o governo de Stálin. E claro, os EUA encabeçaram o cinema de propaganda. Seja na ficção ou em documentários, os EUA eram o paraíso mundial visto dentro de um cinema.
Esse poder crescente dos filmes passou até a ditar muitas regras da II Guerra Mundial. Onde atacar, quando atacar e como atacar. Decisões como estas eram baseadas muitas vezes em filmes publicados nos países inimigos, que davam uma brecha para novos ataques. Com o fim do Nazismo, o cinema ganhou um poder que nunca tinha visto. A Guerra Fria se fixou nas telas como nenhum outro confronto mundial já tinha feito. Os filmes do bloco capitalista, principalmente e quase totalmente de produção americana, exaltavam o grande paraíso que eram os EUA e como a URSS era o covil do demônio. Filmes como 007 deixavam bem claro isso, no qual os inimigos eram sempre russos maus, carrancudos e temíveis.O bloco soviético também se utilizou dos filmes para tal, mas o poder cinematográfico americano era tão forte que aniquilou qualquer possibilidade de triunfo do cinema do “socialismo”. Pensar que essa rivalidade nas telas acabou com o fim da Guerra Fria é pura ingenuidade. Até hoje EUA e Rússia trocam críticas em seus filmes.
O poder de domínio de um povo se vê no que este povo está a consumir, seja em produtos ou arte. E o cinema que consumimos, majoritariamente, é o americano. Sua estética, forma e tipo nos atrai. Sua qualidade é a melhor do mundo, isso não se têm dúvida. Seus atores são os melhores. Mas porque isso? Simples. Diante de uma cultura que cria todo um cenário para isso ser possível nenhum outro país chega a competir cinematograficamente com os EUA a nível de supera-lo. Os últimos 15 anos foram importantes para o cinema, pois esse cenário mudou um pouco. Países como o Brasil, Argentina, Irã, França, Inglaterra, e China têm se destacado em suas produções. É de se esperar que daqui alguns anos os EUA já não tenha a força que têm. Pelo menos nas telas dos cinemas.
Com tudo isso que falei, o principal é simples e direto. O nível econômico de um país, suas intenções políticas e ideológicas estão diretamente ligadas à sua produção cinematográfica. Por isso o cinema não é uma arte só de se sentar e assistir. Acrescente o “pensar”, e tudo fará muito mais sentido.
Chaplin mostra tudo isso com muito mais classe em um exemplo mais que perfeito da força da 7º arte:
É a arte do duvidoso, do indesejado, do surpreendente. A arte do impossível.
Por Lucas Fiaschetti Estevez